Como parte do ritual de Páscoa, papa participa de missa que ressaltou valor dos jovens
O papa Francisco celebrou nesta sexta-feira (30) a missa da Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro, no Vaticano, como parte dos rituais de Páscoa.
Diante do altar, o líder da Igreja Católica se ajoelhou e permaneceu em silêncio por alguns minutos se confessando.
Mantendo a tradição, o pregador oficial da Casa Pontifícia, padre Raniero Cantalamessa celebrou a homilia da missa e fez um apelo aos jovens para evitarem o "conformismo".
"Sejam aqueles que seguem a direção oposta. Aqueles que nadam contra a maré. Temos todos os motivos para crer que João aderiu a Jesus quando ainda era muito jovem. Era um verdadeiro amor", explicou.
Segundo o padre, "em um mundo de fugitivos, a pessoa que toma a direção oposta parecerá um desertor". No entanto, os jovens podem mudar essa tendência.
Cantalamessa falou sobre a importância de dar voz às novas gerações. "Uma tarefa é confiada a você em particular: salvar o amor humano da trágica ferida na qual está terminado. O amor que não é mais dono de si, mas apenas possessão, muitas vezes violento e tirano ao outro".
Desta forma, o religioso fez um convite para os jovens não amarem o mundo. Contudo, é preciso se "misturar com este mundo de sofrimento e marginalização que é, paradoxalmente, a melhor maneira de se separar do mundo". O pregador usou citações do poeta norte-americano Thomas Stearn Eliot, do teólogo luterano convertido ao catolicismo Heinrich Schliere, e até mesmo da primeira encíclica de Bento 16, na qual o papa apresenta uma reflexão sobre o "amor" em suas diversas dimensões - "eros", "philía", "ágape".
"Deus revelou-se como ágape, o amor que se dá, mas ágape nunca é separado do eros, amor do desejo e a alegria de ser amado", explicou Cantalamessa, ressaltando que neste ano, a Igreja deve dedicar aos jovens a capacidade deles conhecerem que a fé é "alegria plena" e "vida em abundância".
"O mais importante é fazer os jovens saberem o que Jesus tem para lhes dar. Deus amou o mundo que deu seu único filho à morte. A cruz é para Cristo a sua realidade mais íntima e verdadeira", explicou.
Neste ano, a Jornada Mundial também foi dedicada aos jovens considerando que são os principais descartados da atualidade, mas, ao mesmo tempo, a melhor coisa e esperança da vida.
Francisco tem feito diversos alertas para a juventude não se calar, não ser corrompida e não se acostumar com a corrupção, mas sim dedicar sua vida ao bem.
Na noite desta sexta, o papa Francisco dará continuidade as celebrações da Páscoa com a cerimônia Via Crucis, no Coliseu.
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