Líderes das Coreias prometem assinar acordo para era de paz
PEQUIM, 27 ABR (ANSA) - Em mais um momento histórico, o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e seu homólogo do Sul, Moon Jae-in, comprometeram-se nesta sexta-feira (27) a assinar um acordo de paz para encerrar a guerra na Península ainda neste ano. Durante a primeira cúpula intercoreana em mais de 11 anos, os dois líderes assumiram o "compromisso de completar a desnuclearização da Península Coreana", além de reduzir arsenais convencionais para diminuir as tensões militares e fortalecer a paz. O pacto vai substituir o armistício de 1953, quando a guerra entre as nações foi interrompida por cessar-fogo, mas nunca teve um fim oficial. "Estamos há muito tempo esperando e, agora, percebemos que somos uma nação, que somos próximos", afirmou Kim ao comentar a assinatura da declaração conjunta. "Estamos ligados pelo sangue e nossos compatriotas não podem viver separados", acrescentou. A reunião ocorreu no vilarejo fronteiriço de Panmunjom, situado na zona desmilitarizada entre os dois países. De acordo com o documento, "o Norte e o Sul vão cooperar ativamente para estabelecer um sistema de paz permanente e estável na Península Coreana".
"Os dois líderes solenemente declararam ante 80 milhões de coreanos e todo o mundo que não vai haver mais guerra na península da Coreia e que uma nova era de paz começou", diz o texto.
No encontro, que durou cerca de duas horas, ambos "falaram sobre a desnuclearização, estabelecimento da paz na península e sobre melhoria nas relações" bilaterais, informou o porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan. Além disso, Kim e Moon Jae-in decidiram organizar um encontro entre as famílias separadas desde o fim da guerra, há 65 anos, mantendo o programa "por ocasião do Dia de Libertação Nacional em 15 de agosto deste ano", quando é comemorada a rendição do Japão ao final da Segunda Guerra Mundial. Após as discussões na cúpula desta sexta, Kim ainda disse que ambos os líderes haviam concordado em coordenar de perto o processo de paz para garantir que não ocorra uma repetição da "história infeliz" da região, na qual os progressos anteriores "fracassaram".
"Pode haver folga, dificuldades e frustrações", disse ele, acrescentando que "uma vitória não pode ser alcançada sem dor".
Reunião histórica O encontro entre os dois líderes teve início por volta das 10h15 (horário local) na "Casa da Paz", centro de conferências administrado por Seul. Após um aperto de mãos, Kim pisou brevemente no lado norte da fronteira. Logo em seguida, os dois líderes cruzaram para o lado sul.
Sorridente e em meio a poses para fotos, Kim assinou um livro de visitantes e escreveu que "uma nova história começa agora, com um ponto de partida para uma nova era de paz".
O norte-coreano estava acompanhado de sua irmã, Kim Yo-jong. O presidente da Coreia do Sul, por sua vez, disse que estava "feliz por conhecê-lo" e ressaltou que o encontro era um "símbolo de paz, e não mais de divisão".
Kim ainda afirmou que estava tomado pela emoção depois que atravessou a linha e tornou-se o primeiro governante norte-coreano a pisar em território sul-coreano desde a guerra da Coreia.
As duas Coreias concordaram também que Moon Jae-in visitará Pyongyang no próximo outono. Símbolo da Paz Durante o encontro histórico, Kim e Moon plantaram na zona desmilitarizada um pinheiro, nascido em 1953, ano em que foi assinado o cessar-fogo entre os dois países. Na base da árvore foi colocada uma pedra com os nomes dos líderes, com os dizeres: "plante paz e prosperidade". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Os dois líderes solenemente declararam ante 80 milhões de coreanos e todo o mundo que não vai haver mais guerra na península da Coreia e que uma nova era de paz começou", diz o texto.
No encontro, que durou cerca de duas horas, ambos "falaram sobre a desnuclearização, estabelecimento da paz na península e sobre melhoria nas relações" bilaterais, informou o porta-voz da presidência sul-coreana, Yoon Young-chan. Além disso, Kim e Moon Jae-in decidiram organizar um encontro entre as famílias separadas desde o fim da guerra, há 65 anos, mantendo o programa "por ocasião do Dia de Libertação Nacional em 15 de agosto deste ano", quando é comemorada a rendição do Japão ao final da Segunda Guerra Mundial. Após as discussões na cúpula desta sexta, Kim ainda disse que ambos os líderes haviam concordado em coordenar de perto o processo de paz para garantir que não ocorra uma repetição da "história infeliz" da região, na qual os progressos anteriores "fracassaram".
"Pode haver folga, dificuldades e frustrações", disse ele, acrescentando que "uma vitória não pode ser alcançada sem dor".
Reunião histórica O encontro entre os dois líderes teve início por volta das 10h15 (horário local) na "Casa da Paz", centro de conferências administrado por Seul. Após um aperto de mãos, Kim pisou brevemente no lado norte da fronteira. Logo em seguida, os dois líderes cruzaram para o lado sul.
Sorridente e em meio a poses para fotos, Kim assinou um livro de visitantes e escreveu que "uma nova história começa agora, com um ponto de partida para uma nova era de paz".
O norte-coreano estava acompanhado de sua irmã, Kim Yo-jong. O presidente da Coreia do Sul, por sua vez, disse que estava "feliz por conhecê-lo" e ressaltou que o encontro era um "símbolo de paz, e não mais de divisão".
Kim ainda afirmou que estava tomado pela emoção depois que atravessou a linha e tornou-se o primeiro governante norte-coreano a pisar em território sul-coreano desde a guerra da Coreia.
As duas Coreias concordaram também que Moon Jae-in visitará Pyongyang no próximo outono. Símbolo da Paz Durante o encontro histórico, Kim e Moon plantaram na zona desmilitarizada um pinheiro, nascido em 1953, ano em que foi assinado o cessar-fogo entre os dois países. Na base da árvore foi colocada uma pedra com os nomes dos líderes, com os dizeres: "plante paz e prosperidade". (ANSA)
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