Europa reage após nomeação de Cottarelli ao governo italiano
ROMA, 28 MAI (ANSA) - Após a Itália ser alvo de críticas da imprensa internacional pelo impasse na formação de um novo governo, políticos europeus reagiram hoje (28) - com elogio ou crítica - à decisão do presidente Sergio Mattarella de nomear o economista Carlo Cottarelli como primeiro-ministro encarregado. O presidente francês, Emmanuel Macron, exaltou a "coragem" e o "grande espírito de responsabilidade" de Mattarella. "Ressalto a minha amizade e o meu apoio ao presidente Mattarella, que tem diante de si um missão essencial: a de manter a estabilidade institucional e democrática do seu país. E isso ele faz com muita coragem e um grande espírito de responsabilidade".
Já a chanceler alemã, Angela Merkel, tentou manter um tom mais neutro e disse que "respeita a Itália, um parceiro importante para a Alemanha". "Não condeno nenhum eleitor na Alemanha nem na Itália. Acredito que, quem tem a responsabilidade, deve encontrar a solução", comentou.
"Queremos colaborar com todos os governos, mas há princípios na zona do euro. Obviamente terão problemas, como ocorreu com a Grécia de Tsipras, porém, depois chegamos a um acordo", alertou.
Por sua vez, a líder do partido ultranacionalista francês Frente Nacional, Marine Le Pen, acusou Mattarella de dar um "golpe de Estado" na Itália. "Pela primeira vez desde a queda dos regimes autoritários na Europa, um país europeu é colocado diante de um verdadeiro golpe de Estado, cujo objetivo é subverter o objetivo das urnas e amordaçar institucionalmente a democracia", criticou. "Por trás deste golpe, vemos as mãos de Bruxelas, dos mercados financeiros e da Alemanha", disse Le Pen, em um comunicado. Já a União Europeia (UE), por meio de uma declaração da comissária para a Justiça, Vera Jurova, disse que "respeita os representantes que foram nomeados e trabalhará com quem quer que seja". Ontem à tarde, Mattarella rejeitou o nome do eurocético Paolo Savona como ministro da Economia e fez ruir a tentativa do então premier encarregado Giuseppe Conte de formar um governo com o Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga Norte na liderança. Savona é conhecido por defender a saída da Itália da zona do euro, além de comentários polêmicos, como uma comparação da Alemanha atual com o nazismo. Em seguida, Mattarella decidiu de maneira unilateral, como presidente, indicar Cottarelli para formar um governo temporário. O jornal "The New York times" disse que Cottarelli é um "homem de experiência", e a "escolha preferida" do ex-premier e líder do partido Força Italia (FI), Silvio Berlusconi. No Reino Unido, os jornais estamparam nos títulos a possibilidade de Mattarella sofrer um impeachment por sua manobra. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Já a chanceler alemã, Angela Merkel, tentou manter um tom mais neutro e disse que "respeita a Itália, um parceiro importante para a Alemanha". "Não condeno nenhum eleitor na Alemanha nem na Itália. Acredito que, quem tem a responsabilidade, deve encontrar a solução", comentou.
"Queremos colaborar com todos os governos, mas há princípios na zona do euro. Obviamente terão problemas, como ocorreu com a Grécia de Tsipras, porém, depois chegamos a um acordo", alertou.
Por sua vez, a líder do partido ultranacionalista francês Frente Nacional, Marine Le Pen, acusou Mattarella de dar um "golpe de Estado" na Itália. "Pela primeira vez desde a queda dos regimes autoritários na Europa, um país europeu é colocado diante de um verdadeiro golpe de Estado, cujo objetivo é subverter o objetivo das urnas e amordaçar institucionalmente a democracia", criticou. "Por trás deste golpe, vemos as mãos de Bruxelas, dos mercados financeiros e da Alemanha", disse Le Pen, em um comunicado. Já a União Europeia (UE), por meio de uma declaração da comissária para a Justiça, Vera Jurova, disse que "respeita os representantes que foram nomeados e trabalhará com quem quer que seja". Ontem à tarde, Mattarella rejeitou o nome do eurocético Paolo Savona como ministro da Economia e fez ruir a tentativa do então premier encarregado Giuseppe Conte de formar um governo com o Movimento 5 Estrelas (M5S) e a Liga Norte na liderança. Savona é conhecido por defender a saída da Itália da zona do euro, além de comentários polêmicos, como uma comparação da Alemanha atual com o nazismo. Em seguida, Mattarella decidiu de maneira unilateral, como presidente, indicar Cottarelli para formar um governo temporário. O jornal "The New York times" disse que Cottarelli é um "homem de experiência", e a "escolha preferida" do ex-premier e líder do partido Força Italia (FI), Silvio Berlusconi. No Reino Unido, os jornais estamparam nos títulos a possibilidade de Mattarella sofrer um impeachment por sua manobra. (ANSA)
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