Itália Central registra 93 mil terremotos em 2 anos
ROMA, 23 AGO (ANSA) - Desde 24 de agosto de 2016, quando um terremoto matou 299 pessoas em Amatrice, Accumoli e Arquata del Tronto, a Itália já registrou cerca de 93 mil tremores de terra, o que corresponde a pouco mais de 127 por dia.
Os números são do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), órgão responsável pela medição da atividade sísmica no país. "93 mil eventos são um grande número, nunca registrado na Itália e constatado graças ao aumento da rede sísmica", disse o presidente do INGV, Carlo Doglioni.
Dos 93 mil terremotos, nove tiveram magnitude superior a 5.0 na escala Richter, e outros 67 ficaram entre 4.0 e 5.0. A maioria absoluta foi de sismos inferiores a 2.0. "Foi mobilizada uma área de mais de mil quilômetros quadrados", acrescentou Doglioni.
Região sísmica - A Itália está localizada sobre as placas tectônicas africana e eurasiática, as quais se chocam constantemente. A primeira se move cerca de dois centímetros por ano rumo ao norte, movimentando a cordilheira dos Apeninos, espécie de espinha dorsal que atravessa a península.
É nessa zona montanhosa que ficam as cidades atingidas pela série de terremotos iniciada em 24 de agosto de 2016. O primeiro deles, com epicentro em Amatrice, na região do Lazio, teve magnitude 6.0 e matou 299 pessoas, sendo 238 na cidade do molho à amatriciana, 11 na vizinha Accumoli e 50 em Pescara del Tronto, distrito do município de Arquata del Tronto, em Marcas.
No dia 26 de outubro, o centro da Itália voltaria a entrar em pânico com um sismo, desta vez de 5.9 na escala Richter e com epicentro em Castelsantangelo sul Nera, em Marcas. Apesar de magnitude quase igual ao de Amatrice, esse tremor deixou apenas uma vítima, e "indireta", um idoso de 73 anos que sofreu um infarto por causa do susto, em Tolentino, a 55 quilômetros de Castelsantangelo. Quatro dias depois, a sequência sísmica teria seu tremor de maior magnitude, 6.5, que destruiu boa parte do município de Norcia, na Úmbria, inclusive sua basílica do século 14, da qual apenas a fachada permaneceu de pé. Apesar disso, o terremoto não provocou nenhuma morte.
A partir de janeiro de 2017, a emergência no centro da Itália ganharia mais um agravante: a neve. Em meio ao inverno europeu, cidades dos Apeninos sofreram com avalanches atribuídas aos sismos na região e que mataram 33 pessoas, incluindo as 29 soterradas no hotel Rigopiano, em Abruzzo, enquanto aguardavam a desobstrução da estrada para ir embora.
O número de terremotos na região vem se reduzindo mês a mês, mas a sequência sísmica continua ativa até hoje. Nesta sexta-feira (24), as cidades de Amatrice e Accumoli realizarão vigílias e homenagens em memória das vítimas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os números são do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), órgão responsável pela medição da atividade sísmica no país. "93 mil eventos são um grande número, nunca registrado na Itália e constatado graças ao aumento da rede sísmica", disse o presidente do INGV, Carlo Doglioni.
Dos 93 mil terremotos, nove tiveram magnitude superior a 5.0 na escala Richter, e outros 67 ficaram entre 4.0 e 5.0. A maioria absoluta foi de sismos inferiores a 2.0. "Foi mobilizada uma área de mais de mil quilômetros quadrados", acrescentou Doglioni.
Região sísmica - A Itália está localizada sobre as placas tectônicas africana e eurasiática, as quais se chocam constantemente. A primeira se move cerca de dois centímetros por ano rumo ao norte, movimentando a cordilheira dos Apeninos, espécie de espinha dorsal que atravessa a península.
É nessa zona montanhosa que ficam as cidades atingidas pela série de terremotos iniciada em 24 de agosto de 2016. O primeiro deles, com epicentro em Amatrice, na região do Lazio, teve magnitude 6.0 e matou 299 pessoas, sendo 238 na cidade do molho à amatriciana, 11 na vizinha Accumoli e 50 em Pescara del Tronto, distrito do município de Arquata del Tronto, em Marcas.
No dia 26 de outubro, o centro da Itália voltaria a entrar em pânico com um sismo, desta vez de 5.9 na escala Richter e com epicentro em Castelsantangelo sul Nera, em Marcas. Apesar de magnitude quase igual ao de Amatrice, esse tremor deixou apenas uma vítima, e "indireta", um idoso de 73 anos que sofreu um infarto por causa do susto, em Tolentino, a 55 quilômetros de Castelsantangelo. Quatro dias depois, a sequência sísmica teria seu tremor de maior magnitude, 6.5, que destruiu boa parte do município de Norcia, na Úmbria, inclusive sua basílica do século 14, da qual apenas a fachada permaneceu de pé. Apesar disso, o terremoto não provocou nenhuma morte.
A partir de janeiro de 2017, a emergência no centro da Itália ganharia mais um agravante: a neve. Em meio ao inverno europeu, cidades dos Apeninos sofreram com avalanches atribuídas aos sismos na região e que mataram 33 pessoas, incluindo as 29 soterradas no hotel Rigopiano, em Abruzzo, enquanto aguardavam a desobstrução da estrada para ir embora.
O número de terremotos na região vem se reduzindo mês a mês, mas a sequência sísmica continua ativa até hoje. Nesta sexta-feira (24), as cidades de Amatrice e Accumoli realizarão vigílias e homenagens em memória das vítimas. (ANSA)
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