Arcebispo que acusa Papa diz que não age por 'vingança'
SÃO PAULO, 30 AGO (ANSA) - O arcebispo italiano Carlo Maria Viganò, autor de uma carta que acusa o papa Francisco de ter ignorado crimes de abuso sexual cometidos pelo cardeal norte-americano Theodore McCarrick, negou que tenha agido por "vingança".
Ex-núncio apostólico (espécie de embaixador) em Washington, nos Estados Unidos, Viganò entrou em conflito com a cúpula da Igreja, segundo a imprensa italiana, por não ter sido feito cardeal pelo papa Bento XVI e por não ter subido na hierarquia católica durante o pontificado de Jorge Bergoglio.
No entanto, em entrevista ao jornalista italiano Aldo Maria Valli, que publicara a carta em primeira mão, o arcebispo disse que agiu motivado pela "corrupção dos líderes da hierarquia da Igreja". "Nunca tive sentimentos de vingança ou rancor em todos esses anos", declarou.
Apelidado de "exterminador de Papas" dentro do Vaticano, Viganò trabalhou mais de 10 anos na Cúria, mas foi afastado da secretaria do Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano em 2011, após cultivar desavenças na Igreja. Além disso, é um dos pivôs do escândalo "Vatileaks", que vazou documentos sigilosos da Igreja e levaria à renúncia de Bento XVI.
Além disso, em 2016, Francisco tirou Viganò da Nunciatura Apostólica em Washington e determinou uma "aposentadoria antecipada e forçada" na Itália. "Como já disse, rancor e vingança são sentimentos que não me pertencem", reforçou o arcebispo, acusando ainda o então secretário de Estado Tarcisio Bertone de "abuso de autoridade" ao tê-lo afastado do Vaticano.
Na entrevista a Valli, Viganò afirmou também que "renunciou a ser cardeal". A carta do arcebispo desencadeou um terremoto na Igreja, ao dizer que Bergoglio sabia desde 2013 das denúncias contra McCarrick, que só foi afastado do colégio cardinalício em julho passado. Além de abusos contra seminaristas adultos, ele é acusado de ter violentado um adolescente 45 anos atrás.
Francisco não quis comentar as acusações de Viganò e declarou que a carta do arcebispo, ligado às alas mais conservadoras do clero, "fala por si só". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Ex-núncio apostólico (espécie de embaixador) em Washington, nos Estados Unidos, Viganò entrou em conflito com a cúpula da Igreja, segundo a imprensa italiana, por não ter sido feito cardeal pelo papa Bento XVI e por não ter subido na hierarquia católica durante o pontificado de Jorge Bergoglio.
No entanto, em entrevista ao jornalista italiano Aldo Maria Valli, que publicara a carta em primeira mão, o arcebispo disse que agiu motivado pela "corrupção dos líderes da hierarquia da Igreja". "Nunca tive sentimentos de vingança ou rancor em todos esses anos", declarou.
Apelidado de "exterminador de Papas" dentro do Vaticano, Viganò trabalhou mais de 10 anos na Cúria, mas foi afastado da secretaria do Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano em 2011, após cultivar desavenças na Igreja. Além disso, é um dos pivôs do escândalo "Vatileaks", que vazou documentos sigilosos da Igreja e levaria à renúncia de Bento XVI.
Além disso, em 2016, Francisco tirou Viganò da Nunciatura Apostólica em Washington e determinou uma "aposentadoria antecipada e forçada" na Itália. "Como já disse, rancor e vingança são sentimentos que não me pertencem", reforçou o arcebispo, acusando ainda o então secretário de Estado Tarcisio Bertone de "abuso de autoridade" ao tê-lo afastado do Vaticano.
Na entrevista a Valli, Viganò afirmou também que "renunciou a ser cardeal". A carta do arcebispo desencadeou um terremoto na Igreja, ao dizer que Bergoglio sabia desde 2013 das denúncias contra McCarrick, que só foi afastado do colégio cardinalício em julho passado. Além de abusos contra seminaristas adultos, ele é acusado de ter violentado um adolescente 45 anos atrás.
Francisco não quis comentar as acusações de Viganò e declarou que a carta do arcebispo, ligado às alas mais conservadoras do clero, "fala por si só". (ANSA)
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