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Líder do PCC que negociava drogas com máfia italiana é preso

16/09/2019 18h42

SÃO PAULO, 16 SET (ANSA) - A Polícia Civil prendeu neste domingo (15) um suspeito de comandar a exportação de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) para a Europa e de ser responsável pelas negociações diretas com a máfia italiana. André de Oliveira Macedo, mais conhecido como "André do Rap", foi detido em uma casa de luxo na cidade de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Em entrevista coletiva, o delegado Fábio Pinheiro, da Divisão Antissequestro do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), informou que as investigações foram iniciadas há cerca de três meses.   


Além disso, foi relatado que os agentes só conseguiram encontrar o traficante depois que ele comprou uma mansão avaliada em R$22 milhões, no nome de outra pessoa. André do Rap estava foragido desde 2014, sob a acusação de liderar o esquema de envio de drogas da facção criminosa ao território europeu, principalmente à Itália, por meio de navios que passam pelo porto de Santos, no litoral sul paulista. A polícia também está investigando uma possível ligação direta do criminoso do PCC com membros da máfia italiana, entre eles Nicola Assisi, preso na mesma ação que seu filho, Patrick. Os dois italianos são suspeitos de serem os correspondentes da máfia calabresa "'Ndrangheta na América do Sul".   


"Dois chefes da 'Ndrangheta, que é a máfia da Calábria (no sul da Itália), foram presos há 40 dias na Baixada Santista pela Polícia Federal. A gente acha que pode ter elo com ele (André do Rap)", disse Pinheiro, responsável pela operação.   


André do Rap é considerado um dos principais líderes no tráfico internacional de drogas e havia a suspeita de que ele estivesse vivendo no Paraguai ou na Bolívia ou que tivesse sido morto. O traficante era aliado de Wagner Ferreira da Silva, conhecido como Cabelo Duro, assassinado como queima de arquivo, já que se envolveu nas mortes de Gegê do Mangue, tido como o principal chefe do PCC fora da cadeia, e Paca, seu comparsa. (ANSA)
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