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Coronavírus: Itália começa a distribuir 620 mil máscaras a médicos

Cecilia Fabiano/LaPresse
Imagem: Cecilia Fabiano/LaPresse

06/04/2020 12h59

Começaram a ser distribuídas nesta segunda-feira (06) as primeiras 620 mil máscaras de proteção - das mais de um milhão - adquiridas pela Defesa Civil da Itália para enfrentar a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

De acordo com a Federação Nacional das Ordens dos Médicos (Fnomceo), a prioridade de envio das peças será para os médicos de todo o território nacional. Segundo o presidente da Federação, Filippo Anelli, o ato de priorizar os médicos é "de grandíssima atenção" por parte do ministro da Saúde, Roberto Speranza.

As máscaras FFP2 estão sendo entregues para as unidades regionais da Federação, que serão distribuídas desses locais para todas as províncias e, consequentemente, para as cidades.

Anelli explicou que serão enviadas quantidades referentes aos cadastros já existentes da entidade e que a Federação difundiu um circular para anunciar e organizar as entregas.

"A prioridade era e continua sendo aquela de dar aos colegas expostos que nunca receberam ou obtiveram as máscaras em quantidade suficiente, como os médicos da Medicina Geral e os colegas da Continuidade Assistencial. Continua também firme, entretanto, a autonomia de cada uma das Ordens de decidir por critérios mais oportunos de entrega de acordo com a situação", pontua Anelli sobre a entrega.

A entidade ainda agradeceu que o ministro Speranza tenha ouvido a sugestão de fazer a distribuição através das Ordens, para fazer com que os profissionais recebam os produtos de maneira mais rápida.

"Esses dispositivos conseguiremos acalmar eventuais carências ou responder a exigências específicas dos médicos empenhados no combate ao coronavírus, individualizados pelos Conselhos das Ordens que, mais do que ninguém, tem o entendimento das diversas situações no território", finalizou.

A Fnomceo informou nesta segunda que já há 87 médicos que morreram por conta da Covid-19 no país desde o início da pandemia. No dia 2 de abril, a associação que representa os maiores sindicatos dos médicos hospitalares, Anaao-Assomed, informou que já há mais de 10 mil operadores de saúde - entre médicos, enfermeiros e funcionários em geral - que contraíram o novo coronavírus.