Coronavírus: Trump recua de ameaças de demissão a Fauci
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou nesta terça-feira (14) das ameaças de demissão feitas ao diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci.
Um dia depois de ter publicado em suas redes sociais um post pedindo a demissão de Fauci, o republicano elogiou o virologista em seu briefing diário na Casa Branca, dizendo que ele é uma "pessoas extraordinária".
"Fauci é uma pessoa extraordinária. Apenas dei um retweet da opinião de outra pessoa, nem todo mundo concorda com Fauci, mas ele é uma pessoa extraordinária, fizemos um ótimo trabalho juntos", disse o presidente norte-americano.
O especialista da força-tarefa dos EUA contra o novo coronavírus minimizou a repercussão da entrevista à emissora "CNN", afirmando que a sua declaração "foi uma resposta hipotética".
Ele também negou que tenha criticado Trump.
"A minha foi uma resposta hipotética. A única vez em que a doutoura Birx e eu recomendamos o bloqueio, ele agiu imediatamente", esclareceu Fauci.
Durante a reportagem, Fauci afirmou, sem mencionar o presidente, que "se tivéssemos iniciado a mitigação mais cedo, poderíamos ter salvado vidas" e que "se tivéssemos fechado tudo, poderia ter sido diferente". "Mas, havia uma forte oposição", disse o especialista.
Os Estados Unidos são o país com o maior número de casos confirmados da Covid-19, com 557.590 contaminações. Além disso, é também o que tem mais mortes, somando 22.109 vítimas.
Nas últimas semanas, a imprensa norte-americana apontou que Trump ignorou relatórios de militares, que foram enviados desde dezembro do ano passado, de que uma pandemia poderia acontecer a qualquer momento, já que o vírus estava se espalhando rapidamente pela China.
O magnata republicano, por sua vez, relutou a tomar medidas de isolamento social, que só começou quando os casos nos EUA começaram a explodir.
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