Trump propõe plano de três fases para reabertura econômica dos EUA
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou um plano de três fases para os governadores do país saírem da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e retomarem a economia. No entanto, o republicano afirmou que a decisão da reabertura deve ser tomada de maneira independente por cada estado.
"A nossa equipe de especialistas está de acordo sobre o fato de que poderemos iniciar um novo fronte da nossa guerra, que chamaremos de 'Reabrir a América'. Para proteger a saúde dos cidadãos precisamos preservar tanto a saúde e o funcionamento da nossa economia", disse Trump afirmando que o pico da covid-19 foi "superado".
Segundo o presidente, os "Estados Unidos querem reabrir e ter uma economia que gira. E queremos isso muito, muito rapidamente.
É agora". Porém, o mandatário ressaltou que não serão todos os estados que poderão ter essa velocidade.
"São 29 estados em boa posição para reabrir em um curto período de tempo. Deixo que os governadores anunciem isso, o que vocês saberão nos próximos dias", completou. Trump também pediu uma atenção redobrada para os governadores não permitirem que o vírus volte a circular com a chegada de estrangeiros. "Enquanto iniciamos a reabrir, precisamos vigiar para que seja bloqueado o ingresso do vírus do exterior. O controle nas fronteiras, as restrições de viagens e outras limitações nas entradas são mais importantes do que nunca", pontuou.
As três fases
Segundo o diretor do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, o plano em três fases anunciado pelo governo coloca como ponto central "a segurança e a saúde dos norte-americanos" e não apresenta uma tabela fixa de ações - apenas indica o que deve ser levado em consideração. Os estados precisam apresentar uma queda constante no número de novos casos em um período de 14 dias consecutivos para passar de uma fase para a outra.
A fase um prevê o distanciamento social em público, veta eventos ou reuniões com mais de 10 pessoas e continua a incentivar o trabalho de maneira remota. Grandes restaurantes, cinemas e academias têm autorização para voltar a funcionar apenas sob normas de distância e rígidas normas de higiene. Para o primeiro momento, bares, escolas e creches permanecem fechadas e cirurgias eletivas podem voltar a ser feitas - mas as visitas às escolas e asilos continuam proibidas.
Na segunda fase, há a liberação de uma ampla gama de estabelecimentos, bem como de escolas, creches e bares. Também é permitida a volta das viagens por motivos não essenciais. No entanto, não são recomendadas aglomerações com mais de 50 pessoas, o "home office" continua a ser incentivado para atividades não essenciais, as regras de distanciamento social continuam válidas e áreas comuns para eventos devem permanecer fechadas.
Já a última fase prevê que as pessoas do grupo de risco da covid-19 possam voltar a circular em público, mantendo o distanciamento social recomendado, as visitas às instituições médicas e aos asilos podem ser retomadas e integrantes dos grupos de baixo risco devem evitar permanecer por muito tempo em locais fechados e com aglomeração. Os Estados Unidos têm os maiores números na pandemia do novo coronavírus em todos os rankings. No país, de acordo com dados do Centro Universitário John Hopkins, há 671.425 contaminados pela covid-19 e 33.286 mortes pela doença. Quem não estará no início dessa reabertura, que Trump sugeriu que comece no dia 1º de maio, será o estado de Nova York, o epicentro da pandemia nos EUA. O estado tem 12.586 mortos e 223.691 casos confirmados. Na sequência, a vizinha Nova Jersey vem na segunda posição, com 75.317 contaminações e 3.518 falecimentos.
Só nas últimas 24 horas, o país bateu o recorde no número de vítimas, com 4.591 mortos em um dia.
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