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Número de infectados na Itália cai pela 1º vez; Vaticano confirma 9º caso

De máscara, mulher caminha próximo à Basílica de São Pedro, no Vaticano, Itália - Andreas Solaro/AFP
De máscara, mulher caminha próximo à Basílica de São Pedro, no Vaticano, Itália Imagem: Andreas Solaro/AFP

20/04/2020 13h40

Pela primeira vez desde o início da disseminação do novo coronavírus na Itália (Sars-CoV-2), o país registrou uma queda no número de casos ativos no balanço divulgado diariamente pela Defesa Civil.

De acordo com o órgão, a Itália soma nesta segunda-feira (20) 108.237 pessoas atualmente com o Sars-CoV-2, 20 a menos que as 108.257 contabilizadas no último domingo (19).

Os casos ativos descartam pacientes curados e mortos e são um indicador importante para saber se a pandemia está ganhando ou perdendo força. Dos 108.237 ainda infectados, 2.573 estão em terapia intensiva, 80.758 estão em isolamento domiciliar, e 24.906 estão internados fora de UTIs.

O país já acumula 17 dias seguidos de queda na quantidade de pacientes em terapia intensiva, de acordo com a Defesa Civil.

Considerando o total de pessoas já infectadas até o momento, a Itália contabiliza 181.228 casos, o menor crescimento percentual (1,3%) desde o início da crise sanitária e o menor em termos absolutos (2.256 contágios) desde 10 de março, quando o país inteiro entrou em quarentena.

Além disso, a Defesa Civil confirmou mais 454 óbitos, 21 a mais que no domingo, totalizando 24.114 vítimas na pandemia. Já o número de curados chegou a 48.877, crescimento de 3,9% em 24 horas.

"Dos seis parâmetros, apenas um, o de mortes, não está na direção desejada, mas os epidemiologistas nos dizem que será o último a cair. A batalha não está vencida, mas é um período de relativa trégua na difusão do vírus", disse o pneumologista Luca Richeldi, membro do comitê científico que assessora o governo na pandemia.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte estendeu a quarentena até 3 de maio, mas algumas atividades comerciais, como livrarias e papelarias, já reabriram as portas, com exceção de determinadas regiões, como Lombardia e Piemonte.

O governo também prepara um programa de testagem em massa na população para estimar o percentual de pessoas já imunizadas contra o novo coronavírus.

Vaticano confirma 9º caso de infecção

O Vaticano confirmou nesta segunda-feira (20) o nono caso de contaminação pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), mas não revelou a identidade ou a função da pessoa infectada.

"Um nono caso de teste positivo se juntou aos oito casos já registrados no interior do Estado da Cidade do Vaticano e entre os funcionários da Santa Sé. A pessoa foi internada em um hospital, sob observação, e foram feitas as oportunas higienizações e verificações entre todos aqueles que tiveram contato com o interessado no único dia de sua presença no local de trabalho nas duas semanas precedentes", informou o diretor da sala de imprensa, Matteo Bruni.

Ainda conforme o comunicado, todos aqueles que foram testados por terem contato com a pessoa contaminada "tiveram resultado negativo".

O último caso confirmado no Vaticano havia sido anunciado no dia 8 de abril e, entre essas oito pessoas, estava um padre que vive na Casa de Santa Marta, a mesma residência do papa Francisco. No entanto, Bruni já havia informado que o Pontífice passou pelo teste da doença e teve resultado negativo.

Assim como a Itália, a Santa Sé vive um período de isolamento obrigatório, com apenas o supermercado e a farmácia funcionando normalmente. Todo o comércio não essencial paralisou as atividades no início de março e até mesmo todas as celebrações e audiências do Papa estão sendo transmitidas via internet, sem a presença de fiéis.