Após presidente argentino, chefe do Congresso paraguaio alerta para 'ameaça' no Brasil
Após o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ter dito que o Brasil representava um risco "muito grande" para a América do Sul por causa do avanço da pandemia do novo coronavírus, o chefe do Congresso do Paraguai, Blas Llano, também demonstrou preocupação com a situação sanitária no país vizinho.
Em entrevista ao jornal local ABC, o senador disse que "está claro" que o Brasil é uma "ameaça" para o Paraguai. "É um país de milhões de habitantes, e foi um dos países mais relutantes em implementar medidas de contingência, e isso se nota na quantidade de infectados e, lamentavelmente, de mortes", declarou Llano, após uma reunião com o presidente do país, Mario Abdo Benítez.
Segundo o chefe do Congresso, uma eventual entrada descontrolada de pessoas a partir do Brasil poderia desencadear um novo surto de Covid-19.
Argentina - Em entrevista a uma emissora argentina, o presidente Fernández já havia dito que discutira a situação brasileira com os mandatários de Chile e Uruguai.
"Falei com [Sebastián] Piñera, com Lacalle [Pou]. Obviamente que é um risco muito grande. O Brasil é um país que, com exceção de dois países, faz fronteira com toda a América do Sul. Vivem entrando aqui caminhões do Brasil que vêm de São Paulo, um dos lugares mais infectados do Brasil", declarou o mandatário.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 125.218 casos de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, o que representa uma taxa de 60 contágios para cada 100 mil habitantes, enquanto a Argentina e o Paraguai, segundo a Universidade John Hopkins, têm 5.208 (12/100 mil hab.) e 440 (6/100 mil hab.), respectivamente.
Além disso, o Brasil registra 8.536 mortes (4/100 mil hab.), contra 273 da Argentina (1/100 mil hab.) e 10 do Paraguai (0,1/100 mil hab.).
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