Fiéis voltam a se reunir no Vaticano para bênção do papa
Pela primeira vez desde o início da quarentena na Itália, em 10 de março, fiéis voltaram a se reunir na Praça São Pedro, no Vaticano, para uma celebração do papa Francisco.
Em pouca quantidade e sem aglomerações, católicos acompanharam a oração "Regina caeli", ainda transmitida via streaming da Biblioteca do Palácio Apostólico.
No entanto, ao fim da oração, Francisco apareceu na janela para saudar e abençoar os fiéis reunidos na Praça São Pedro. Com o relaxamento da quarentena na Itália, o papa já voltou a celebrar missas com presença de público na Basílica de São Pedro e deixou de transmitir suas homilias na Casa Santa Marta pela internet.
Na "Regina caeli" deste domingo, o Pontífice dedicou uma mensagem aos católicos da China e disse que a Igreja universal "compartilha suas esperanças e os apoia em suas provações de vida".
"Unamo-nos espiritualmente aos fiéis católicos na China, que hoje celebram, com particular devoção, a festa da Beata Virgem Maria", afirmou o Papa.
China e Vaticano romperam relações diplomáticas em 1951, quando a Santa Sé reconheceu a independência de Taiwan, que ainda é visto por Pequim como parte de seu território e uma "província rebelde".
Durante décadas, os cerca de 12 milhões de católicos chineses viveram divididos entre uma conferência de bispos escolhida pelo Partido Comunista e um braço da Igreja Apostólica Romana que atuava na clandestinidade.
Em 2018, no entanto, os dois lados assinaram um acordo para permitir que o Vaticano voltasse a ter papel ativo na nomeação de bispos na China, que até então eram escolhidos à revelia do Papa. Apesar disso, padres e bispos no país ainda são obrigados a se alinhar com a igreja oficial.
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