Biden defende Obamacare e afirma ter iniciado transição de poder
WASHINGTON, 10 NOV (ANSA) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu nesta terça-feira (10) a manutenção do Obamacare, o sistema de saúde criado na gestão de Barack Obama, e afirmou já ter iniciado a transição de poder para tomar posse no próximo dia 20 de janeiro.
"A saúde não é uma questão partidária, mas os republicanos a ideologizaram, com o risco de roubar a cobertura de saúde de milhões de americanos", disse.
Biden defendeu o Obamacare e alertou sobre os riscos de sua possível abolição em meio a uma pandemia que afetou mais de 10 milhões de americanos.
"O Obamacare salvou muitas vidas e salvou milhões de famílias da ruína financeira", enfatizou o presidente eleito, reiterando que a partir de 20 de janeiro, dia da sua posse na Casa Branca, um dos seus primeiros objetivos será estender e melhorar o programa. "Esta é a minha promessa".
Na tarde desta terça-feira, os juízes da Suprema Corte dos EUA estão ouvindo argumentos de um processo aberto pelos governos estaduais comandados pelo Partido Republicano, com o apoio de Donald Trump, para tentar invalidar o programa de acesso a planos de saúde.
Biden explicou que o programa é, "para muitos americanos", uma questão de vida e morte, literalmente". "Eu não sou ingênuo sobre o fato de que o acesso a saúde é um assunto que dividiu os americanos no passado, mas a verdade é que o povo americano está mais unido do que dividido sobre esse tema, hoje".
A vice eleita, Kamala Harris, também defendeu a continuidade do Obamacare para garantir o acesso à saúde por americanos que sofrem com doenças pré-existentes. "Se a Suprema Corte concordar com os opositores da lei, a decisão pode levar embora o acesso à saúde de 20 milhões de americanos", alertou.
Transição - Durante seu discurso, Biden também afirmou que sua equipe está "iniciando a transição" e que ela "já está em andamento". "Nada pode nos deter", respondeu ele ao ser questionado sobre o fato de Trump não ter reconhecido sua vitória.
"A recusa de Donald Trump em conceder a vitória não tem muitas consequências. No caminho da transição podemos avançar sem fundos e sem briefing", acrescentou.
Após a imprensa americana especular que o democrata poderia entrar com um processo contra a administração republicana, ele explicou que não vê "necessidade de ação judicial para garantir a transição".
Para Biden, a atitude de Trump "é constrangedora, uma vergonha para todo o país". Perguntado se tinha algo a dizer a ele, o democrata afirmou, sorrindo: "Estou ansioso para a nossa conversa".
Secretário de Estado - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, não reconheceu a vitória de Biden na eleição presidencial de 3 de novembro e disse que o segundo mandato de Trump virá depois de uma "transição tranquila".
"Teremos uma transição tranquila para o segundo mandato de Trump", disse o chefe da diplomacia norte-americana, em entrevista coletiva. (ANSA)
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