Itália tem maior número de mortes por covid-19 em mais de 7 meses
SÃO PAULO, 12 NOV (ANSA) - A Itália registrou mais 636 mortes na pandemia do novo coronavírus hoje, maior número para um único dia desde 4 de abril, quando foram contabilizados 681 óbitos.
Na época, o país atravessava o primeiro pico da crise sanitária e vivia um rígido lockdown para conter a disseminação do Sars-CoV-2. Com o novo boletim do Ministério da Saúde, a Itália soma agora 43.589 vítimas e 1.066.401 casos na pandemia, após um acréscimo de 37.978 contágios hoje.
Esse é o segundo maior número de diagnósticos positivos em um único dia, perdendo apenas para 7 de novembro (39.811). Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a Itália tem 387.758 pacientes curados e 635.054 casos ativos,
Em outras palavras, mais de 1% da população italiana está atualmente infectada pelo Sars-CoV-2. "Esse é um dado importante porque, como sabemos, uma epidemia é definida como 'fora de controle' no momento em que os casos ativos superam 1% da população", disse o médico e pesquisador Nino Cartabellotta, presidente da fundação científica Gimbe, uma das mais respeitadas do país.
Do total de contágios ativos, 3.170 pacientes estão em UTIs, maior número desde 14 de abril (3.186). Somando esse número com as 29.873 pessoas em acompanhamento hospitalar, mas fora da terapia intensiva, o número de internados com Covid-19 na Itália chegou a 33.043 e bateu um recorde do início de abril.
Ao todo, o balanço diário de hoje contabiliza 234.672 exames moleculares para o Sars-CoV-2 em 24 horas, maior número já registrado no país.
Para conter a segunda onda da pandemia, quatro regiões da Itália (Calábria, Lombardia, Piemonte e Vale de Aosta) foram colocadas novamente em lockdown, englobando um quarto da população nacional.
Outras sete (Abruzzo, Basilicata, Ligúria, Puglia, Sicília, Toscana e Úmbria) estão em uma espécie de "semilockdown", com restaurantes fechados e moradores proibidos de se deslocar para outras cidades, mas ainda com permissão para sair de casa sem justificar o motivo, o que não acontece nas quatro "áreas vermelhas".
Também está em vigor um toque de recolher das 22h às 5h em todo o território nacional.
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