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Governo italiano recomenda 'salas de abraços' em asilos

04/12/2020 14h23

ROMA, 4 DEZ (ANSA) - O Ministério da Saúde da Itália recomendou que asilos, casas de repouso e clínicas para idosos criem "salas de abraços" para permitir o contato físico entre pacientes e seus familiares.   

Devido à pandemia do novo coronavírus, estruturas para idosos de todo o país restringiram as visitas de parentes como uma forma de evitar a repetição do cenário registrado entre março e maio, quando o Sars-CoV-2 matou milhares de hóspedes de asilos.   

Em circular enviada às casas voltadas à terceira idade, o Ministério da Saúde recomenda soluções como as "salas de abraços", onde o "contato físico seguro pode acarretar benefícios aos hóspedes de maneira geral e àqueles cognitivamente mais frágeis".   

A ideia se inspira em uma iniciativa já promovida por uma clínica em Castelfranco Veneto, no norte da Itália, que criou uma sala na qual pacientes e parentes podem manter contato físico por meio de uma tela de plástico anticontágio.   

Além disso, a clínica instalou uma parede transparente com dois buracos protegidos pelo mesmo plástico e nos quais o visitante pode colocar suas mãos para tocar o ente querido, sem o risco de expô-lo ao novo coronavírus.   

"As direções sanitárias devem predispor um plano detalhado para assegurar a possibilidade de visitas presenciais", diz a circular, acrescentando que essas iniciativas precisam respeitar "medidas higiênicas", como uso de dispositivos de proteção.   

Além disso, o Ministério da Saúde também recomendou a realização de testes de antígeno rápidos para o novo coronavírus por pessoas que queiram visitar familiares em asilos, casas de repouso e clínicas para idosos.   

Como esses exames fornecem resultado em uma ou duas horas, o governo diz que eles poderiam ser feitos pela própria estrutura de assistência. Em caso de resultado negativo, o parente seria autorizado a visitar o paciente.   

A Itália totaliza quase 1,7 milhão de casos confirmados do novo coronavírus e pouco mais de 58 mil mortes. Enquanto a curva de contágios vem desacelerando desde novembro por causa das medidas restritivas, os óbitos bateram recorde na última quinta-feira, com 993 vítimas em 24 horas. (ANSA).   

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