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Menos de 1% dos vacinados contra covid -19 na Itália teve reações adversas

24.abr.2020 - Profissionais de saúde coletam amostras para teste de coronavírus em Capri, ilha ao sudoeste de Nápoles, na Itália - Emmanuele Ciancaglini/NurPhoto via Getty Images
24.abr.2020 - Profissionais de saúde coletam amostras para teste de coronavírus em Capri, ilha ao sudoeste de Nápoles, na Itália Imagem: Emmanuele Ciancaglini/NurPhoto via Getty Images

04/02/2021 14h29

O primeiro relatório da Agência Italiana de Medicamentos (Aifa) sobre a vacinação anti-covid no país registrou 7.337 suspeitas de reações adversas entre 27 de dezembro e 26 de janeiro, o que representa 0,47% do total de 1,56 milhão de doses aplicadas nesse período.

Entre as 7.337 reações diversas, 92,4% são consideradas "não graves", e 7,3%, "graves". O 0,3% restante aparece como "indefinido". Em 85% dos casos, o evento surgiu até o dia seguinte à vacinação, e as reações mais comuns são febre, dor de cabeça, dor no local da injeção ou dores musculares.

Foram analisadas 1.564.090 vacinações, sendo 99% relativas ao imunizante da Biontech/Pfizer e 1% ao da Moderna. "As reações adversas suspeitas estão em linha com as informações já presentes na bula das duas vacinas", afirmou a Aifa.

As reações ao imunizante da Biontech/Pfizer também incluem formigamento, vertigens, sonolência e distúrbios no paladar, enquanto aquelas ligadas à vacina da Moderna contemplam náusea e dores abdominais.

Dos 7,6% de reações graves, três quartos não exigiram intervenções hospitalares. O estudo considera "graves" os eventos que "comportaram hospitalização, perigo imediato à vida, invalidez, anomalias congênitas, mortes ou outras condições clinicamente relevantes".

"Além disso, alguns eventos adversos são considerados graves independentemente das consequências clínicas se estiverem presentes em uma lista atualizada periodicamente pela Agência Europeia de Medicamentos. Com base nesses critérios, pode ser considerada grave uma febre superior a 39ºC que exija a administração de um remédio", explicou a Aifa.

Segundo a agência, "as análises dos dados disponíveis até o momento confirmam um bom perfil de segurança nessas duas vacinas de mRNA". A Aifa disse ainda que foram registradas 13 mortes nas horas sucessivas à vacinação, mas todas elas são atribuídas a "condições de base da pessoa vacinada" e "não estão relacionadas" à imunização.

No período analisado pelo relatório da Aifa, a Itália registrou pelo menos 14.802 mortes provocadas pela covid-19.