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Anistia condena chacina com 25 mortos no Jacarezinho
SÃO PAULO, 7 MAI (ANSA) - A ONG de direitos humanos Anistia Internacional condenou a chacina do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro, e chamou a operação da polícia de "lamentável e injustificável".
A ação ocorreu na manhã da última quinta-feira (6) e deixou 25 mortos, incluindo 24 moradores da comunidade e um policial.
Por meio de uma nota divulgada nas redes sociais, a Anistia acusa o governo do estado do Rio de Janeiro de desrespeitar "sistematicamente" uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de junho de 2020 que impede operações policiais em favelas por conta da pandemia, a não ser em situações excepcionais.
"A Anistia Internacional Brasil considera lamentável e injustificável a operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro que, até agora, resultou na morte de 25 pessoas, entre elas um policial civil. A Chacina do Jacarezinho é a maior já ocorrida na cidade do Rio de Janeiro por policiais em serviço, desde a Chacina de Vigário Geral, em 1993, que resultou na morte de 21 pessoas", diz a ONG.
A diretora-executiva da entidade no Brasil, Jurema Werneck, ainda cobra que o Ministério Público investigue "essas atrocidades de maneira célere, independente e eficaz, seguindo os parâmetros internacionais para que aqueles agentes do estado que cometeram ou participaram desse extermínio sejam responsabilizados e julgados por esses crimes".
"É inadmissível que violações de direitos humanos, como as ocorridas hoje, no Jacarezinho, sejam recorrentemente promovidas por agentes do Estado contra a população moradora de favelas, que é em sua maioria negra e pobre", acrescenta.
Segundo a Anistia, ainda que todas as pessoas mortas fossem suspeitas de associação criminosa, "o que não está provado", esse tipo de "execução sumária" é injustificável. "Cabe à polícia o poder de prender e à justiça o dever de processar e julgar os suspeitos de cometer crimes", ressalta a ONG.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro também questiona a operação e afirma que irá ao STF para assegurar o cumprimento da decisão que restringe incursões policiais em favelas. Além disso, moradores do Jacarezinho relatam execuções por parte da polícia, que nega.
"A Polícia Civil não entra para executar", disse o diretor-geral de proteção à pessoa da corporação, Roberto Cardoso. A polícia alega que 24 dos 25 mortos eram "criminosos", mas não divulgou detalhes sobre as supostas acusações contra eles. (ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A ação ocorreu na manhã da última quinta-feira (6) e deixou 25 mortos, incluindo 24 moradores da comunidade e um policial.
Por meio de uma nota divulgada nas redes sociais, a Anistia acusa o governo do estado do Rio de Janeiro de desrespeitar "sistematicamente" uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de junho de 2020 que impede operações policiais em favelas por conta da pandemia, a não ser em situações excepcionais.
"A Anistia Internacional Brasil considera lamentável e injustificável a operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro que, até agora, resultou na morte de 25 pessoas, entre elas um policial civil. A Chacina do Jacarezinho é a maior já ocorrida na cidade do Rio de Janeiro por policiais em serviço, desde a Chacina de Vigário Geral, em 1993, que resultou na morte de 21 pessoas", diz a ONG.
A diretora-executiva da entidade no Brasil, Jurema Werneck, ainda cobra que o Ministério Público investigue "essas atrocidades de maneira célere, independente e eficaz, seguindo os parâmetros internacionais para que aqueles agentes do estado que cometeram ou participaram desse extermínio sejam responsabilizados e julgados por esses crimes".
"É inadmissível que violações de direitos humanos, como as ocorridas hoje, no Jacarezinho, sejam recorrentemente promovidas por agentes do Estado contra a população moradora de favelas, que é em sua maioria negra e pobre", acrescenta.
Segundo a Anistia, ainda que todas as pessoas mortas fossem suspeitas de associação criminosa, "o que não está provado", esse tipo de "execução sumária" é injustificável. "Cabe à polícia o poder de prender e à justiça o dever de processar e julgar os suspeitos de cometer crimes", ressalta a ONG.
A Defensoria Pública do Rio de Janeiro também questiona a operação e afirma que irá ao STF para assegurar o cumprimento da decisão que restringe incursões policiais em favelas. Além disso, moradores do Jacarezinho relatam execuções por parte da polícia, que nega.
"A Polícia Civil não entra para executar", disse o diretor-geral de proteção à pessoa da corporação, Roberto Cardoso. A polícia alega que 24 dos 25 mortos eram "criminosos", mas não divulgou detalhes sobre as supostas acusações contra eles. (ANSA).
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