Papa alerta que Mediterrâneo é o maior cemitério da Europa
O papa Francisco lembrou neste domingo (13) que o mar Mediterrâneo é o maior cemitério da Europa e fez um apelo por mais solidariedade e menos indiferença em relação às tragédias envolvendo migrantes.
A declaração foi feita durante a oração do Ângelus na praça São Pedro, no Vaticano, no momento em que o Pontífice explicou que um barco que afundou em 18 de abril de 2015, em uma das maiores tragédias da história do Mediterrâneo, e deixou centenas mortos ficará exposto em Augusto, na Sicília.
"Que este símbolo de tantas tragédias no Mar Mediterrâneo continue a apelar à consciência de todos e a encorajar o crescimento de uma humanidade mais simpática que derrube o muro da indiferença", desejou Francisco.
Jorge Bergoglio ainda pediu para todos pensarem "no Mediterrâneo como o maior cemitério da Europa".
O barco naufragado foi resgatado pelas autoridades italianas em 2016 para realizar o possível reconhecimento dos cadáveres em seu interior. Depois de ter sido exibido na Bienal de Arte de Veneza em 2019, a embarcação tornou-se uma espécie de monumento, "símbolo de todas as tragédias, conhecidas e desconhecidas, que envolveram os homens, mulheres e crianças obrigadas a abandonar suas terras em busca de uma vida melhor".
A instalação artística feita pelo suíço Christoph Buchel foi batizada como "Barca Nostra" ("Nosso Barco", em tradução livre) e tem como objetivo lembrar que as viagens da morte continuam sendo uma realidade no Mediterrâneo.
O barco afundou no Canal da Sicília, no auge da crise migratória no Mediterrâneo, e levava mais de 700 pessoas. Apenas 28 sobreviveram.
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