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Câmara da Itália anuncia exigência de certificado contra covid de deputados

Piazza Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados da Itália; Senado do país ainda discute medida - Getty Images/iStockphoto
Piazza Montecitorio, sede da Câmara dos Deputados da Itália; Senado do país ainda discute medida Imagem: Getty Images/iStockphoto

Em Roma (Itália)

22/09/2021 11h27Atualizada em 22/09/2021 11h43

A Câmara dos Deputados da Itália vai exigir a apresentação de um certificado sanitário contra a covid-19 por todas as pessoas que acessem o local, incluindo parlamentares.

A medida foi decidida em uma reunião de líderes partidários hoje e acompanha um decreto do governo de Mario Draghi que estabelece a obrigatoriedade do chamado "passe verde" em todos os locais de trabalho, tanto no setor público quanto na iniciativa privada.

O certificado sanitário é concedido a pessoas vacinadas contra a covid-19, curadas da doença há no máximo seis meses ou que apresentem resultado negativo de teste PCR ou de antígeno feito há no máximo 48 horas.

Por respeito à independência entre os poderes, o governo não poderia impor normas sanitárias ao Legislativo, mas o decreto pede para as câmaras se adequarem.

No caso do Senado, a presidente Elisabetta Casellati convocou uma reunião para 5 de outubro para discutir o assunto, já que o novo decreto do governo só entra em vigor no dia 15 do mesmo mês.

Para deputados que preferirem obter o "passe verde" sem estar vacinados, o custo dos testes PCR será coberto por um fundo de solidariedade financiado por contribuições dos próprios parlamentares.

Até agora, o certificado sanitário é exigido em locais como academias, piscinas públicas, estádios, feiras e áreas cobertas de bares e restaurantes, assim como é cobrado de professores e outros funcionários de escolas.

Mas o governo decidiu ampliar o uso dele para estimular a vacinação contra a covid-19 sem arcar com o ônus político de torná-la obrigatória, já que parte da coalizão do premiê Draghi é contra a obrigatoriedade.

Atualmente, quase 77% do público-alvo da vacinação na Itália (pessoas a partir de 12 anos) está totalmente vacinado contra a covid-19, mas o governo planeja atingir 80% até o fim de setembro.