Itália pode analisar dose heteróloga para quem tomou CoronaVac
Na coletiva semanal sobre a situação da pandemia de Covid-19 na Itália, o diretor de Prevenção do Ministério da Saúde, Gianni Rezza, disse que está na pauta uma possível aplicação de vacina heteróloga para quem recebeu doses dos imunizantes da Sinovac Biotech, que produz a CoronaVac, e do Instituto Gamaleya, que criou a Sputnik V.
"O Conselho Superior de Saúde havia dito para aproveitar a oportunidade de uma dose adicional heteróloga de vacina anti-Covid para quem foi vacinado com imunizantes como a Sinovac ou Sputnik. Mas, há a necessidade de pronunciamento de uma agência regulatória. De qualquer maneira, a Sinovac já foi reconhecida pela OMS [Organização Mundial da Saúde], mas não a Sputnik e também há problemas para resolver de tipo regulatório. Também esse aspecto está sendo avaliado", disse Rezza aos jornalistas nesta sexta-feira (1º).
Atualmente, a Itália aplica apenas as fórmulas que foram aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA): Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca/Oxford e Janssen. Nenhuma outra foi liberada no momento.
No entanto, tanto a Sinovac como o Gamaleya já entraram com pedidos de aprovação de uso emergencial na EMA, mas até agora não foram autorizadas.
Mas, diferentemente da CoronaVac, a vacina russa, conforme disse Rezza, ainda sequer recebeu aprovação da OMS, que usa diversos imunizantes através do projeto Covax Facility para enviar doses para países pobres.
Já a aplicação heteróloga é usada em alguns países que já aplicam a CoronaVac, como no caso do Brasil - que recomenda a Pfizer ou a AstraZeneca para terceira dose -, o Uruguai, que aplica a Pfizer como 3ª e o Chile, que aplica a AZ, mas já anunciou que também aplicará a Pfizer. (ANSA).
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