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Biden diz que Rússia pode invadir Ucrânia em fevereiro

28/01/2022 09h11

WASHINGTON, 28 JAN (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou que existe uma "possibilidade concreta" de a Rússia invadir a Ucrânia em fevereiro.   

A aviso foi dado durante uma conversa por telefone com o mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, na última quinta-feira (27), em meio à escalada da tensão entre Kiev e Moscou.   

"O presidente Biden disse que existe uma possibilidade concreta de que os russos invadam a Ucrânia em fevereiro", afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Emily Horne. "Ele já disse isso publicamente e tem alertado sobre isso por meses", acrescentou.   

Durante o telefonema, Biden também garantiu que os EUA e seus aliados estão de "prontidão" para responder "decisivamente" a uma invasão. Já o Pentágono citou um maior deslocamento de tropas russas na fronteira e disse que 8,5 mil militares americanos estão em estado de alerta.   

Ucrânia e Rússia vem protagonizando uma escalada das tensões desde o segundo semestre do ano passado, com a crescente ameaça de uma guerra que também poderia envolver a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).   

A Ucrânia não faz parte da aliança militar ocidental, mas pleiteia uma adesão, enquanto a Rússia denuncia o expansionismo da Otan, que já engloba as ex-repúblicas soviéticas do Mar Báltico.   

Em 2014, após a queda do presidente pró-Moscou Viktor Yanukovich, a Rússia tomou a península ucraniana da Crimeia e apoiou rebeldes das autoproclamadas repúblicas de Lugansk e Donetsk, no leste do país. Desde então, mais de 14 mil pessoas já morreram nos conflitos em Donbass.   

Mas a disputa também pode ter repercussões econômicas: os EUA ameaçaram impedir a abertura do gasoduto Nord Stream 2, que vai levar gás russo para a Alemanha, no caso de uma invasão.   

A Rússia exige que a Ucrânia nunca entre para a Otan, pedido rechaçado pelos Estados Unidos. O governo Biden diz ter apresentado um "percurso diplomático" para Moscou, mas não deu detalhes sobre a proposta. (ANSA).   

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