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Rússia mira região separatista na Moldávia em ataques na Ucrânia

Refugiados da Ucrânia em direção à Moldávia, Rússia agora mira esta região - Reprodução/Twitter
Refugiados da Ucrânia em direção à Moldávia, Rússia agora mira esta região Imagem: Reprodução/Twitter

22/04/2022 15h52

ROMA, 22 ABR (ANSA) - A Moldávia convocou nesta sexta-feira (22) o embaixador russo em Chisinau, após as declarações dos líderes militares em Moscou sobre o desejo de conquistar todo o sul da Ucrânia para abrir "caminho" para a região separatista Transnístria.

A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da Moldávia, que falou em "profunda preocupação" pouco depois do vice-comandante do distrito militar central da Rússia, Rustam Minnekayev, comentar a estratégia militar atual de Moscou.

"O controle sobre o sul da Ucrânia é outro caminho para a Transnístria, onde também há evidências de que a população de língua russa está sendo oprimida", confirmou o militar às agências russas.

Segundo Minnekayev, na segunda fase da invasão, as tropas russas teriam como objetivo "assumir o controle total do Donbass, no leste, e do sul da Ucrânia" para obter "a abertura de um corredor terrestre para a Crimeia".

O general russo sugere que o Kremlin quer controlar toda região sul do território ucraniano, além de indicar que o governo de Vladimir Putin quer privar que a Ucrânia tenha acesso ao Mar Negro.

Além disso, as declarações de Minnekayev contradizem alegações anteriores do presidente da Rússia, sugerindo até que o Kremlin está recalculando sua estratégia após fracassar no objetivo de controlar a capital ucraniana, Kiev.

A Transnístria é um território separatista da Moldávia, uma ex-república soviética, e desde meados dos anos 1990 conta com presença de pelo menos 1,5 mil tropas russas, que apoiam o governo local.

UE- Hoje, a Moldávia enviou "o primeiro questionário" de adesão à União Europeia (UE) para o chefe da delegação Janis Mazeiks, anunciou a presidente do país, Maia Sandu, no Twitter.

"Estamos prontos para fazer a nossa parte com rapidez e diligência para dar a Moldávia a possibilidade de um futuro melhor, mais seguro e mais próspero", escreveu ela.