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Novo governo da Itália vai recontratar médicos que se recusaram a tomar vacina da covid

Giorgia Meloni, líder de extrema direita na Itália - REUTERS/Guglielmo Mangiapane
Giorgia Meloni, líder de extrema direita na Itália Imagem: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

28/10/2022 10h33Atualizada em 28/10/2022 10h52

O governo da primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, vai reintegrar trabalhadores da saúde que se recusaram a tomar vacina contra a Covid-19.

O anúncio foi feito pelo novo ministro da Saúde, Orazio Schillaci, tido como "técnico" por sua atuação como médico e acadêmico.

Por meio de uma nota, a pasta disse que Schillaci considera "oportuno iniciar um progressivo retorno à normalidade nas atividades e nos comportamentos".

"No que diz respeito aos profissionais da saúde sujeitos a processos de suspensão por descumprimento da obrigação vacinal, em vista da preocupante carência de pessoal médico e sanitário apontada pelos responsáveis por hospitais, está em vias de definição um procedimento que consentirá a reintegração desse pessoal antes do fim da suspensão", afirma o comunicado.

Atualmente, profissionais da saúde antivax estão afastados do trabalho na Itália, inclusive com suspensão do salário, por lidar diretamente com categorias de alto risco para a Covid-19.

Empossada como premiê há menos de uma semana, Meloni sempre fez campanha contra as restrições sanitárias para conter a pandemia do novo coronavírus e, em seu primeiro discurso no Parlamento como chefe de governo, sequer citou as vacinas.

Outra mudança importante anunciada por Schillaci diz respeito ao boletim de casos de Covid, que hoje é diário, mas passará a ser semanal.

As novidades foram divulgadas no mesmo dia em que o presidente da Itália, Sergio Mattarella, alertou que ainda não é possível "proclamar a vitória final" sobre a pandemia.

"Ainda precisamos de responsabilidade e precaução", disse o chefe de Estado, acrescentando, contudo, que "o período mais dramático" já ficou para trás.