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Câmara investiga documentos secretos encontrados com Biden, diz deputado

O deputado republicano James Comer, Presidente da Comissão de Fiscalização da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. - 10.jan.2023 -  Jonathan Ernst/Reuters
O deputado republicano James Comer, Presidente da Comissão de Fiscalização da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Imagem: 10.jan.2023 - Jonathan Ernst/Reuters

Em Washington

11/01/2023 14h02Atualizada em 11/01/2023 17h12

A Comissão de Fiscalização da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira (11) que abriu uma investigação sobre os documentos confidenciais encontrados por advogados de Joe Biden em um antigo escritório do democrata.

"A Comissão está preocupada de que o presidente tenha comprometido fontes e métodos com sua má gestão dos documentos confidenciais", informou o presidente da Comissão, o republicano James Comer.

Ainda conforme o deputado, foi enviada uma carta à Casa Branca solicitando que cópias desses documentos sejam enviadas a comissão até o próximo dia 24, bem como a lista de quem teve acesso a eles e as comunicações ocorridas entre os vários departamentos de Estado.

Pouco após o anúncio, o senador democrata Mark Warner, que preside a Comissão de Inteligência, afirmou que "aguarda um relatório sobre o que aconteceu".

Em uma entrevista nesta quarta-feira, Biden foi questionado sobre os documentos e reafirmou que "não sabe o que tem nesses documentos" porque "as caixas com os materiais foram entregues ao Arquivo Nacional e estamos cooperando completamente com as investigações".

"Quando os meus advogados os encontraram, informaram rapidamente ao Arquivo [Nacional]. Eu levo os documentos confidenciais muito a sério, todos sabem disso", afirmou, ressaltando que ficou "surpreso" com a existência deles durante uma coletiva após uma série de reuniões no México.

O caso foi revelado pela mídia norte-americana na segunda-feira (9) à noite e confirmado por advogados de Biden. A descoberta de cerca de 10 documentos considerados confidenciais ocorreu em 2 de novembro do ano passado e, conforme os representantes, os itens foram entregues ao Arquivo Nacional no dia seguinte.

O presidente dos EUA, Joe Biden, fala à mídia no Salão Oval da Casa Branca em Washington - 22.dez.22 - Leah Millis/Reuters - 22.dez.22 - Leah Millis/Reuters
O presidente dos EUA, Joe Biden, fala à mídia no Salão Oval da Casa Branca em Washington
Imagem: 22.dez.22 - Leah Millis/Reuters

Os materiais estavam em um armário trancado em um escritório que Biden usava no Penn Biden Center durante a época em que era professor honorário da Universidade da Pensilvânia. Os itens foram achados enquanto os advogados faziam a retirada de tudo que estava no escritório porque ele não é mais utilizado.

Os documentos seriam relativos ao período em que o atual mandatário era vice-presidente, entre 2009 e 2017, e conforme a emissora estadunidense CNN se referiam a relatórios e memorandos sobre assuntos ligados ao Irã, Ucrânia e Reino Unido.