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Patriot: sistema dos EUA que espalha mísseis pode virar o jogo na Ucrânia

Sistema de mísseis Patriot dos EUA usado em uma missão de treinamento conjunto com Israel em 2018 - Getty Images
Sistema de mísseis Patriot dos EUA usado em uma missão de treinamento conjunto com Israel em 2018 Imagem: Getty Images

Colaboração para o UOL

11/01/2023 04h00

Os Estados Unidos e a Alemanha anunciaram que enviarão blindados e um sistema de defesa antimísseis Patriot para ajudar a Ucrânia na luta contra a invasão russa.

Projetado para neutralizar vários tipos de ameaças aéreas, como diferentes tipos de mísseis, aeronaves e drones maiores, o equipamento de última geração já foi usado em Israel, Iraque, Arábia Saudita, entre outros países.

O que é o Patriot?

  • Foi criado no início dos anos 60, mas só ganhou seu nome e forma atual uma década depois;
  • É fabricado pela gigante gigante norte-americana de equipamentos bélicos Raytheon;
  • Teve seu sistema atualizado diversas vezes e a fabricante garante que planeja seguir incorporando novos desenvolvimentos técnicos no sistema até pelo menos 2048;
  • Seu radar pode rastrear até 50 alvos e atacar cinco deles de uma só vez. O sistema cobre uma distância de cerca de 68 quilômetros;
  • Dependendo da versão em uso, os mísseis interceptadores podem atingir uma altitude de mais de dois quilômetros e atingir alvos a até 160 quilômetros de distância;
  • Possuem baterias de mísseis totalmente móveis que incluem um centro de comando, uma estação de radar para detectar ameaças, além de lançadores;
  • Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, cada unidade requer cerca de 90 soldados para a sua operação;
  • Ainda de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, o atual míssil de intercepção para o sistema custa aproximadamente US$ 4 milhões (cerca de R$ 20 milhões) por bateria, e os lançadores custam cada um cerca de US$ 10 milhões (R$ 52 milhões).

Como o sistema Patriot pode ajudar a Ucrânia? O sistema de defesa antimísseis será usado no reforço da defesa do país europeu contra os ataques russos.

O recurso chega à Ucrânia após o país apelar aos países ocidentais por sistemas de defesa antiaérea mais sofisticados, para proteger sua infraestrutura de energia civil contra os ataques da Rússia.

Até o momento, os ucranianos vinham utilizando vários sistemas de defesa antiaérea de curto alcance, como o Buks e o S-300s - de fabricação russa -, mísseis americanos mais antigos como o Hawk, além de sistemas SAM modernos como o NASAMS.