Conteúdo publicado há 10 meses

Corte em Haia começa a analisar ação contra Israel por genocídio

Começou nesta quinta-feira (11) a audiência da Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judiciário da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre uma acusação da África do Sul contra Israel.

A ação é apoiada pelo Brasil e pede que a CIJ declare que o país judeu violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante o conflito contra o grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza.

A guerra já matou mais de 23 mil palestinos em pouco mais de três meses, segundo as autoridades do enclave, e é uma reação a atentados terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, que fizeram 1,2 mil vítimas em Israel.

"A situação é tal que especialistas agora preveem que um número ainda maior de pessoas em Gaza pode morrer de fome e doenças", disse a advogada da África do Sul na CIJ, Adila Hassim.

Na última quarta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou apoio do Brasil à ação movida pela África do Sul e denunciou "flagrantes violações ao direito internacional humanitário" durante a guerra no Oriente Médio.

Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, reconheceu que os ataques israelenses no enclave palestino "atingem a população civil", mas disse que "genocídio é outra coisa".

"Não se pode esquecer aquilo que aconteceu em 7 de outubro, quando cidadãos israelenses foram pegos um por um com uma violência inimaginável", afirmou o também vice-premiê italiano.

Por outro lado, Tajani convidou "Israel a não superar os limites da justa reação para derrotar o Hamas".

Ainda antes do início da audiência em Haia, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse nas redes sociais que "não tem intenção de ocupar Gaza de modo permanente ou de deslocar sua população civil".

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"Israel está combatendo terroristas do Hamas, não a população palestina, e estamos fazendo isso em plena conformidade com a lei internacional", assegurou.

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