Lula propõe moção da Celac sobre Oriente Médio na ONU

(ANSA) - BRASÍLIA, 01 MAR - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) propôs que a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) apresente uma moção conjunta no Conselho de Segurança da ONU pedindo o fim do "genocídio" de Israel contra palestinos.   

A declaração foi dada na oitava cúpula da organização, realizada em São Vicente e Granadinas.   

Lula também pediu a libertação dos reféns sob o poder do Hamas e criticou a guerra na Ucrânia.   

"A indiferença da comunidade internacional é chocante. Eu quero aproveitar a presença do nosso querido companheiro secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, para propor uma moção da Celac pelo fim imediato desse genocídio", disse.   

O líder progressista ressaltou que "a tragédia humanitária em Gaza requer de todos nós a capacidade de dizer um basta para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida." Ele acrescentou: "Quero pedir aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU que ponham fim a essa matança".   

"Nossa dignidade e humanidade estão em jogo. É preciso parar a carnificina em nome da humanidade que precisa de muito humanismo".   

Lula se reunirá nesta sexta (1º) com seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, à margem da reunião da Celac, para tratar da crise em Gaza. No encontro estarão presentes os ministros das Relações Exteriores do Chile e do México.   

Por outro lado, o petista disse que "também a vida dos reféns do Hamas está em jogo e é preciso libertá-los".   

Lula ainda fez um comentário sobre o conflito na Ucrânia, tema que analisou na semana passada, separadamente, em Brasília, com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o chanceler russo, Sergei Lavrov: "Na Ucrânia, a cada dia que os combates prosseguem, aumenta o sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares".   

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Por fim, Lula fez menção à grave crise humanitária e de segurança que o Haiti enfrenta: "Precisamos agir com rapidez. Há anos o Brasil vem dizendo que o problema no Haiti não é apenas de segurança, mas de desenvolvimento", apontou. (ANSA).   

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