Campanha cria broche para indicar quem está disposto a conversar no metrô de Londres
No metrô de Londres, os passageiros geralmente evitam trocar olhares. Conversar com desconhecidos, então, é ainda mais incomum.
Mas uma campanha inusitada está tentando "quebrar o gelo" nos trens com a ajuda de broches.
A ideia da iniciativa é indicar quem está disposto a interagir e estimular a interação entre os passageiros - os broches estampam uma pergunta curta e direta: "Papo no metrô?".
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Ninguém sabe quem está produzindo os broches. A Tranport for London (TfL), empresa responsável pelo transporte na capital inglesa, diz não ser responsável pela campanha, mas aprovar a iniciativa.
Estão sendo distribuídos ainda folhetos estimulando os usuários a conversar com os outros passageiros e destacando que eles vão se beneficiar com o "bate-papo diário".
Os folhetos convidam os passageiros a usar o broche para deixar os outros saberem que eles estão interessados em iniciar uma conversa.
E embora ainda "anônima", a campanha tem hashtag e conta no Twitter.
Opiniões divididas
A iniciativa, contudo, não agradou todo mundo.
"A pior coisa desses broches é que ninguém levou em consideração o restante de nós, que teremos de escutar o bate-papo acontecendo", escreveu Lauren Bravo no Twitter.
Geri Reid disse que provavelmente "começaria a chorar" se um estranho usando o broche falasse com ela no metrô.
Também na rede social, Madelaine Hanson sintetizou o que para ela deve ser o motivo de interação entre estranhos nos trens: "O dia em que eu tiver vontade de conversar com qualquer pessoa no metrô vai ser o dia em que terei que dizer que o chapéu dela está pegando fogo."
Há, contudo, quem afirme que a campanha pode ajudar quem eventualmente estiver se sentido sozinho ou triste.
"Acho que devo ser o único no mundo que acha que o bate-papo no metrô é uma boa ideia. Eu gosto de falar com pessoas, a gente pode aprender alguma coisa", escreveu Daniel Braddock no Twitter.
'A ideia é boa, mas não é nossa'
"Apesar de a campanha soar como uma ideia interessante, ela não é uma iniciativa oficial da TfL", esclarece a empresa que administra o transporte na capital inglesa.
A TfL afirma que produz apenas dois tipos de broches: "bebê a bordo" e um novo, ainda em fase de testes, para pessoas com deficiências não visíveis. O objetivo é encorajar passageiros a ceder seus lugares para grávidas ou para quem precisa.
A BBC entrou em contato com a campanha Tube Chat, mas até a publicação deste texto não havia obtido resposta.
Inaugurado em 1863, o serviço londrino é o mais antigo metrô subterrâneo do mundo e um dos maiores, com 402 quilômetros e 270 estações, de acordo com oTfL. Nos horários de pico, são mais de 540 trens circulando pela capital britânica.
Estatísticas oficiais contabilizam 1,34 bilhão de passageiros que usam anualmente as 11 linhas do metrô londrino.
Ou seja: gente para bater papo não falta.
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