Estado Islâmico propagandeia uso de drones para ataques no Iraque
O grupo autodenominado "Estado Islâmico" divulgou um vídeo em que parece usar drones comerciais para bombardear Mossul, no Iraque.
A batalha pela retomada do controle da cidade, antigo bastião do "EI", já dura seis meses. Especialistas ainda não sabem se o vídeo é verídico.
A BBC visitou um hospital onde dezenas de vítimas de ataques de drones já foram tratadas.
Mãe de sete filhos, Umm Mohammed, de 55 anos, estava sentada em uma das macas, sem conseguir dormir por causa da dor em sua perna direita. Ela foi atingida pela explosão mais recente.
"Eu estava deitada no chão, e as pessoas estavam apontando para o céu, de onde a bomba caiu", disse.
"Onde está a segurança quando essas máquinas começam a voar sobre as pessoas e nos matar?"
O uso de drones não deve mudar os rumos do conflito, já que eles carregam uma quantidade pequena de explosivos, e há armas mais letais e sofisticadas sendo utilizadas nas linhas de frente.
Mas, seu impacto psicológico não pode ser deixado de lado, segundo Emanuele Nannini, da agência italiana Emergency, que ajuda na coordenação do hospital em Mossul.
"Fisicamente, os ataques são muito semelhantes aos de morteiros, mas são muito precisos."
"Então cada um desses drones está realmente atingindo o alvo escolhido. Psicologicamente, isso pode ser muito ruim para a população, porque eles podem atacar em qualquer momento e em qualquer lugar", afirma.
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