Equipes correm contra o tempo para resgatar menina presa sob escombros de escola no México
Equipes de resgate correm contra o tempo para localizar sobreviventes do desabamento de parte do prédio de uma escola na Cidade do México por causa do terremoto da tarde de terça-feira.
Na noite de quarta-feira, bombeiros conseguiram fazer contato com uma adolescente presa nos escombros. Identificada pela mídia local como Frida Sofia, a menina de 12 anos disse estar próxima de outros dois estudantes, mas que não sabia dizer se eles estavam vivos. Com ajuda de uma mangueira, os bombeiros conseguiram levar água até a menina.
No entanto, há um certo mistério neste drama: até agora não surgiram parentes da menina e o ministro da Educação, Aurelio Nuño, disse que pode ter havido um "erro" na identificação da menina.
Uma coisa é certa: as equipes de resgate conseguiram encontrá-la com o auxílio de uma câmera de infravermelho, que capta o calor de corpos. Frida Sofia teria sido salva pela decisão de se abrigar embaixo de uma mesa de granito no momento em que a terra tremeu.
Segundo uma porta-voz da prefeitura de Cidade do México, José Vergara, a menina está em um ponto de difícil acesso dos escombros e as equipes de resgate ainda não conseguiram encontrar uma forma de chegar até ela sem risco de um novo desabamento.
Sobreviventes contaram à imprensa que o desabamento provocado pelo terremoto foi rápido.
"Não tivemos tempo para nada. Tudo veio abaixo de repente", disse uma das diretoras.
A mídia mexicana também relatou o caso de uma menina que teria sido resgatada depois de alertar os pais pelo Whatsapp. Segundo diversos veículos de mídia mexicanos, seu nome é Fátima Navarro e ela estaria internada no hospital Angeles.
Até agora, os corpos de 21 crianças e quatro adultos foram encontrados no que restou da escola Enrique Rebsamen. Há pelo menos 29 desaparecidos. Onze pessoas foram resgatadas.
De acordo com informações das equipes de resgate, Frida Sofia foi localizada a uma profundidade de 3 metros na pilha de escombros em que se transformou uma das alas do edifício por conta do tremor de magnitude 7,1, o mais forte atingir a capital mexicana desde 1985. Segundo bombeiros, há risco de um novo desabamento no prédio da escola.
Até agora, a contagem oficial de mortos no terremoto é de 237.
A mídia mexicana relatou também casos de pais de crianças e adolescentes presos em outros prédios da capital que teriam recebido pedidos de socorro dos filhos via WhatsApp. Houve pelo menos 27 desabamentos registrados.
O correspondente da BBC Mundo na Cidade do México, Alberto Nájar, visitou a escola e testemunhou o desespero de socorristas e pais de crianças.
Nájar relatou que pelo menos cinco alunos foram retiradas dos escombros e levadas a um hospital. Não há informações ainda sobre o estado de saúde dessas crianças.
O tremor foi registrado às 13h14 no horário local (15h14 em Brasília) com epicentro nos arredores da cidade de Axochiapan, no Estado de Morelos, distante 120 km da capital mexicana. A capital do México, com mais de 20 milhões de habitantes, é uma das mais densamente povoadas do mundo, o que ajuda a explicar o grande número de vítimas.
O terremoto ocorreu duas horas depois de mexicanos terem feito uma simulação de como se proteger contra tremores. Quando o alarme soou, muitos não reagiram pensando se tratar de uma repetição do exercício anterior e não uma trágica coincidência com o histórico terremoto de 1985.
Situado sobre três placas tectônicas, o México é propenso a tremores. No início deste mês, um terremoto de magnitude 8,1 atingiu o sul do país e deixou mais de 90 mortos.
Quase 2 milhões de pessoas na capital ficaram sem eletricidade e as linhas telefônicas entraram em colapso.
O prefeito da Cidade do México, Miguel Angel Mancera, informou que pelo menos 44 edifícios na capital mexicana sofreram grandes danos.
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