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Por que a Coreia do Norte decidiu investir em armas nucleares?

26/09/2017 18h56

A Coreia do Norte já conduziu uma série de testes nucleares em 2017, algo que preocupa vizinhos, inimigos e mesmo aliados.

Um dos efeitos recentes é a troca de ameaças entre o ditador Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump.

O que muitos não lembram é que pouco mais de 30 anos atrás, em 1985, o país fez parte do tratado internacional de não-proliferação de armas nucleares (NPT).

Mas após o colapso da União Soviética, em 1991, a Coreia do Norte perdeu sua principal fonte de verbas e armamentos.

Além disso, passou por uma série de desastres naturais, um golpe em sua agricultura. Mais de 3 milhões de pessoas morreram entre 1994 e 1998, devido a uma onda de fome.

Com isso, o regime passou a desenvolver armas nucleares como uma forma de sobreviver - em 1994, os EUA acenaram com ajuda financeira em troca do fim do programa, mas o acordo fracassou.

Em 2003, a Coreia do Norte deixou o NPT. Três anos depois, fez seu primeiro teste atômico.

Após Kim Jong-un chegar ao poder, em 2011, o programa nuclear só cresceu.

A ideia é ter armas capazes de chegar aos EUA para evitar um ataque e fortalecer o regime na mesa global de negociações.