Nazismo: sinos com mensagens pró-Hitler colocam igrejas no centro de polêmica na Alemanha
Uma discussão antiga sobre símbolos nazistas em sinos de igrejas voltou à tona, pois promotores estão considerando fazer denúncias contra cinco igrejas.
Uma discussão antiga sobre símbolos nazistas em sinos de igrejas voltou à tona, pois promotores alemães estão cogitando oferecer denúncias contra cinco igrejas.
Autoridades do Estado de Turíngia receberam reclamações de um ativista local sobre as igrejas e sobre o bispo regional da Igreja Evangélica, lse Junkermann, disse à imprensa local.
No ano passado, foram achadas suásticas e frases pró-Hitler em sinos em igrejas em Herxheim, no sudeste do país, e em Schweringen, no norte.
O conselho paroquial de Herxheim votou por manter o sino no local, como "uma lembrança contra a violência e a injustiça", mas manifestantes anônimos tomaram para si a questão em Schweringen e retiraram a insígnia e deixaram mensagens afirmando ter tomado a atitude como uma "limpeza da imundície do Nacional-Socialismo".
Gilbert Kallenborn, morador de uma cidade perto da fronteira com a França, trouxe o caso de Herxheim a público na época, e também levantou o caso mais recente.
Ele disse à imprensa local que escreveu para os promotores de Turíngia no início do mês, acusando a Igreja Evangélica de "preservar e continuar a usar" seis sinos em cinco igrejas, "violando o Código Penal, que proíbe a preservação e o uso de referências nazistas anticonstitucionais". Kallenborn ter feito isso após ter sido ignorado pela igreja em seus alertas.
A resposta do conselho da Igreja Evangélica foi convocar uma reunião em abril para discutir o assunto com as autoridades de Turíngia e o líder da comunidade judaica no Estado, Reinhard Schramm. A julgar pelo que se sabe sobre encontros anteriores, pode-se esperar que a reunião seja desconfortável.
A comunidade judaica de Turíngia já pediu a remoção dos sinos, segundo o jornal Thüringer Allgemeine Zeitung, mas a igreja diz que vai levar um tempo para decidir se a inscrição será removida ou se os sinos serão derretidos e remoldados sem os símbolos.
A liderança nacional da igreja ofereceu dar apoio financeiro, assim como o secretário das Finanças de Turíngia, para a confecção de novos sinos.
'Turismo de sino de extrema-direita'
A Igreja Evangélica da região central da Alemanha fez uma vistoria de seus campanários no ano passado e confirmou que ainda havia seis sinos como inscrições nazistas em Turíngia e na Alta Saxônia.
Representantes da igreja disseram a um jornal local que não revelariam as localizações para evitar "turismo" de simpatizantes neonazistas.
O porta-voz da igreja Friedemann Kahl insiste que os sinos em questão não são acessíveis ao público. "Estamos seguros de que acharemos uma boa solução", disse à agência de notícias cristã KNA.
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