Morre Fidel Castro
Líder da Revolução Cubana e uma das personalidades mais carismáticas e controversas do século 20 falece aos 90 anos em Havana. Corpo será cremado, anuncia presidente Raúl.O histórico líder cubano Fidel Castro morreu aos 90 anos, informou neste sábado (26/11) seu irmão, o presidente do país, Raúl Castro, num discurso transmitido pela televisão estatal."Com profunda dor é que compareço para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro do 2016, às 22h29, faleceu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz", disse Raúl Castro, visivelmente emocionado.O presidente cubano disse que o corpo do líder histórico da Revolução será cremado nas primeiras horas deste sábado, segundo sua "vontade expressa", e que nas próximas horas divulgará ao povo a "informação detalhada sobre a organização da homenagem póstuma a Fidel".Líder da Revolução Cubana, Fidel Castro foi uma das personalidades mais carismáticas e controversas do século 20 e era a última grande figura do comunismo ocidental."O último revolucionário", como era chamado pelos seus admiradores, liderou Cuba durante 47 anos, até passar o poder ao irmão mais novo, Raúl. Mesmo afastado, continuou exercendo influência e marcando a identidade coletiva do país. Fidel decidiu afastar-se devido a problemas de saúde em 31 de julho de 2006, quando delegou a liderança do regime cubano ao irmão Raúl, cinco anos mais novo.As últimas imagens de Fidel são de 15 de novembro, quando recebeu em sua residência o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. A última vez em que foi visto num ato público foi no dia 13 de agosto, por ocasião da comemoração de seu 90º aniversário, num evento no Teatro Karl Marx, em Havana.Naquela ocasião, Fidel apresentou um semblante frágil, vestido com um moletom branco e acompanhado pelo seu irmão Raúl e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.Desde seu aniversário, recebeu também em sua residência outros líderes, como o presidente do Irã, Hassan Rohani; de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa; e os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe; da China, Li Keqiang, e Argélia, Abdelmalek Sellal.AS/efe/lusa
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