Sobe para 33 número de mortos em prisão de Roraima
Durante vistoria, polícia encontra mais dois corpos enterrados em penitenciária de Boa Vista. Dos 31 detentos que morreram durante massacre e que já foram identificados, 18 foram presos por tráfico de drogas.O governo de Roraima informou neste sábado (07/01) que mais dois corpos foram encontrados na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), na zona rural de Boa Vista, elevando para 33 o número de mortos durante um massacre na unidade prisional na madrugada da última sexta-feira.Os corpos foram localizados durante uma vistoria feita por policiais após familiares descreverem onde os presos teriam sido enterrados.O governo do estado disse que a "perícia e a Polícia Civil estão no local para fazer a remoção, e iniciar o trabalho de identificação e liberação dos cadáveres".Leia mais: "Chacinas evidenciam conluio do Estado com facções"Na mesma nota, as autoridades de Roraima reconhecem que houve uma falha na recontagem dos presos após o massacre.Os dois mortos encontrados neste sábado ainda não foram identificados. Mais cedo, o governo de Roraima divulgou uma lista com os nomes dos 31 detentos mortos na chacina. Destes, 18 foram presos por tráfico de drogas. Um caminhão frigorífico foi alugado para abrigar os corpos enquanto as autópsias não são concluídas.O massacre em Roraima aconteceu apenas quatro dias após uma chacina no Complexo Penitenciário Anísio Teixeira (Compaj), em Manaus, deixar 56 mortos e resultar na fuga de 184 presos. Boa parte dos mortos no massacre era integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), rival da Família do Norte (FDN), grupo ligado à facção Comando Vermelho e do qual muitos dos presos no Compaj fazia parte.No caso de Boa Vista, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou que tenha se tratado de uma retaliação do PCC pelo ocorrido no presídio amazonense.Nesta sexta-feira, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e as seccionais do Amazonas e de Roraima anunciaram que vão acionar a Corte Interamericana de Direitos Humanos contra o Estado brasileiro em resposta aos dois massacres. As ONGs Anistia Internacional e Human Rights Watch acusaram as autoridades responsáveis pelo sistema carcerário brasileiro de negligência.LPF/abr/ots
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