Coreia do Norte classifica sanções da ONU como "ato de guerra"
Regime do ditador Kim Jong-un diz que restrições são estratégia dos EUA para ganhar hegemonia mundial. Pyongyang reitera que vai continuar a desenvolver armamentos nucleares.A Coreia do Norte classificou neste domingo (24/12) como um "ato de guerra" as novas sanções impostas ao país pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. O regime do ditador Kim Jong-un afirmou que seguirá adiante com o desenvolvimento de armas nucleares.
Leia mais: Coreia do Norte diz que EUA tornam guerra inevitável
A nova rodada de medidas punitivas foi aprovada por unanimidade pelos países-membros do conselho da ONU na última sexta-feira com o fim de intensificar o isolamento da Coreia do Norte, retirar todas as vias de financiamento do país e forçá-lo a se sentar à mesa de negociações.
Para Pyongyang, as sanções representam uma "nova violação da soberania nacional" e um "ato de guerra que viola a paz e a segurança na península coreana e em toda a região", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano.
Em nota, a Coreia do Norte responsabilizou os Estados Unidos de elevar as tensões na península coreana e de orquestrar a nova resolução da ONU para promover "um bloqueio econômico total" sobre Pyongyang.
Ainda segundo o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, outros países que votaram em favor da resolução vão "pagar um alto preço" por apoiarem as medidas impulsionadas por Washington.
"Os EUA, completamente aterrorizados pela nossa histórica conquista de completar a força estatal nuclear, age com medidas cada vez mais histéricas para impor as maiores sanções e pressão possíveis sobre o nosso país", diz o comunicado divulgado pela agência estatal "KCNA".
"Se os EUA desejam viver em paz, deveriam abandonar sua política hostil contra a RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país] e aprender a coexistir com um país que tem armas nucleares", acrescenta a nota.
Restrições
A resolução 2397 do Conselho de Segurança da ONU limita ainda mais o acesso norte-coreano a produtos petroleiros, veta as exportações do país em vários setores e força o retorno de cidadãos que trabalham no exterior.
As medidas aprovadas pelas Nações Unidas são uma resposta ao lançamento, no final de novembro, de um míssil balístico de longo alcance, um tipo de projétil que seria capaz de atingir qualquer ponto do território dos EUA.
O regime de Kim Jong-un adverte que "continuará consolidando suas capacidades nucleares de dissuasão e autodefesa, dirigidas a erradicar as ameaças atômicas dos EUA e suas chantagens e movimentos hostis, estabelecendo assim um equilíbrio de forças".
A Coreia do Norte insiste no "direito" de contar com armamento nuclear para frustrar as tentativas de Washington de "atingir a hegemonia mundial".
Segundo o governo americano, as novas sanções representam um corte de 89% no acesso do regime a gasolina, diesel e outros derivados do petróleo, um bloqueio ainda maior no caso de novos testes com mísseis balísticos intercontinentais.
Em relação aos trabalhadores norte-coreanos no exterior, a resolução requer que todos os países expulsem 100 mil norte-coreanos num prazo máximo de dois anos.
KG/efe/lusa
Leia mais: Coreia do Norte diz que EUA tornam guerra inevitável
A nova rodada de medidas punitivas foi aprovada por unanimidade pelos países-membros do conselho da ONU na última sexta-feira com o fim de intensificar o isolamento da Coreia do Norte, retirar todas as vias de financiamento do país e forçá-lo a se sentar à mesa de negociações.
Para Pyongyang, as sanções representam uma "nova violação da soberania nacional" e um "ato de guerra que viola a paz e a segurança na península coreana e em toda a região", diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano.
Em nota, a Coreia do Norte responsabilizou os Estados Unidos de elevar as tensões na península coreana e de orquestrar a nova resolução da ONU para promover "um bloqueio econômico total" sobre Pyongyang.
Ainda segundo o Ministério das Relações Exteriores norte-coreano, outros países que votaram em favor da resolução vão "pagar um alto preço" por apoiarem as medidas impulsionadas por Washington.
"Os EUA, completamente aterrorizados pela nossa histórica conquista de completar a força estatal nuclear, age com medidas cada vez mais histéricas para impor as maiores sanções e pressão possíveis sobre o nosso país", diz o comunicado divulgado pela agência estatal "KCNA".
"Se os EUA desejam viver em paz, deveriam abandonar sua política hostil contra a RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial do país] e aprender a coexistir com um país que tem armas nucleares", acrescenta a nota.
Restrições
A resolução 2397 do Conselho de Segurança da ONU limita ainda mais o acesso norte-coreano a produtos petroleiros, veta as exportações do país em vários setores e força o retorno de cidadãos que trabalham no exterior.
As medidas aprovadas pelas Nações Unidas são uma resposta ao lançamento, no final de novembro, de um míssil balístico de longo alcance, um tipo de projétil que seria capaz de atingir qualquer ponto do território dos EUA.
O regime de Kim Jong-un adverte que "continuará consolidando suas capacidades nucleares de dissuasão e autodefesa, dirigidas a erradicar as ameaças atômicas dos EUA e suas chantagens e movimentos hostis, estabelecendo assim um equilíbrio de forças".
A Coreia do Norte insiste no "direito" de contar com armamento nuclear para frustrar as tentativas de Washington de "atingir a hegemonia mundial".
Segundo o governo americano, as novas sanções representam um corte de 89% no acesso do regime a gasolina, diesel e outros derivados do petróleo, um bloqueio ainda maior no caso de novos testes com mísseis balísticos intercontinentais.
Em relação aos trabalhadores norte-coreanos no exterior, a resolução requer que todos os países expulsem 100 mil norte-coreanos num prazo máximo de dois anos.
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