Alemanices: A 'batalha campal' do Ano Novo alemão
Na noite de réveillon, as ruas alemãs são tomadas por barulho estrondoso e fumaça, com fogos de artifício sendo lançados para todos os lados. Comemoração envolve tradições, inclusive com a previsão do futuro.A noite de réveillon na Alemanha é um campo de batalha. Fogos de artifício são atirados para todos os lados. Literalmente. Não apenas para o alto, mas na direção de quem passa pelo outro lado da rua. Estrondos e fumaça tomam conta das ruas lotadas de pessoas comemorando o novo ano.
A preparação começa três dias antes, quando a venda de fogos de artifícios é liberada, sempre no dia 29 de dezembro. Em 2016, os alemães gastaram 133 milhões de euros para comemorar a chegada do novo ano como é de costume no país – com muito barulho, sobretudo nas grandes cidades.
Os desejos de "guten Rutsch" ("boa escorregada”) são regados a Sekt, o vinho espumante. O brinde tradicional é feito com a expressão Prosit Neujahr.
Antes de encarar a "batalha campal” nas ruas alemãs, há algumas tradições que podem ser seguidas. É comum presentear amigos, familiares e vizinhos com amuletos da sorte, como um trevo de quatro folhas ou cogumelos de marzipã.
Alguns costumes vêm da época dos romanos, como o "bleigiessen". Sobre uma colher, coloca-se um metal de estanho ou cera, que será aquecido por uma vela. Assim que o ferro derrete completamente, joga-se o líquido na água gelada. O formato do novo objeto criado é uma forma de prever o futuro.
Quando fiz o experimento, na passagem para 2014, o metal ganhou o formato de uma taça da Copa do Mundo. O 7 a 1 e a vitória contra a Argentina confirmaram o presságio: a Alemanha levou o troféu naquele ano.
Antes de apostar nas previsões para o futuro, é comum apreciar um fondue ou a raclette, queijo derretido servido com pão ou batatas cozidas.
Feliz Ano Novo! Frohes neues Jahr!
Na coluna Alemanices, publicada às sextas-feiras, Karina Gomes escreve crônicas sobre os hábitos alemães, com os quais ainda tenta se acostumar. A repórter da DW Brasil e DW África tem prêmios jornalísticos na área de sustentabilidade e é mestre em Direitos Humanos.
A preparação começa três dias antes, quando a venda de fogos de artifícios é liberada, sempre no dia 29 de dezembro. Em 2016, os alemães gastaram 133 milhões de euros para comemorar a chegada do novo ano como é de costume no país – com muito barulho, sobretudo nas grandes cidades.
Os desejos de "guten Rutsch" ("boa escorregada”) são regados a Sekt, o vinho espumante. O brinde tradicional é feito com a expressão Prosit Neujahr.
Antes de encarar a "batalha campal” nas ruas alemãs, há algumas tradições que podem ser seguidas. É comum presentear amigos, familiares e vizinhos com amuletos da sorte, como um trevo de quatro folhas ou cogumelos de marzipã.
Alguns costumes vêm da época dos romanos, como o "bleigiessen". Sobre uma colher, coloca-se um metal de estanho ou cera, que será aquecido por uma vela. Assim que o ferro derrete completamente, joga-se o líquido na água gelada. O formato do novo objeto criado é uma forma de prever o futuro.
Quando fiz o experimento, na passagem para 2014, o metal ganhou o formato de uma taça da Copa do Mundo. O 7 a 1 e a vitória contra a Argentina confirmaram o presságio: a Alemanha levou o troféu naquele ano.
Antes de apostar nas previsões para o futuro, é comum apreciar um fondue ou a raclette, queijo derretido servido com pão ou batatas cozidas.
Feliz Ano Novo! Frohes neues Jahr!
Na coluna Alemanices, publicada às sextas-feiras, Karina Gomes escreve crônicas sobre os hábitos alemães, com os quais ainda tenta se acostumar. A repórter da DW Brasil e DW África tem prêmios jornalísticos na área de sustentabilidade e é mestre em Direitos Humanos.
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