O primeiro ato do conflito comercial entre EUA e China
Sobretaxa de 25% imposta por Trump às importações chinesas entra em vigor, gerando resposta imediata na mesma moeda. Pequim acusa Washington de dar início à "maior guerra comercial da história".Após trocarem uma série de ameaças, Estados Unidos e China adotaram tarifas comerciais recíprocas nesta sexta-feira (06/07), com Pequim afirmando que Washington iniciou "a maior guerra comercial da história".
À meia-noite desta sexta-feira (06/07), no horário de Washington, entraram em vigor sobretaxas de 25% sobre importações chinesas no valor de 34 bilhões de dólares, incluindo maquinário, equipamentos eletrônicos e de alta tecnologia e automóveis.
Pouco depois, o Ministério chinês do Exterior anunciou medidas de retaliação com efeito imediato. Segundo a agência chinesa de notícias Xinhua, Pequim aplicou tarifas de 25% sobre uma quantidade equivalente de produtos americanos. Pequim havia dito anteriormente que produtos agrícolas, como soja, e carros elétricos estariam entre os itens afetados.
As tarifas impostas por ambos os lados nesta sexta-feira podem ser apenas o primeiro ato do conflito comercial entre os dois países, uma vez que o presidente americano, Donald Trump, havia prometido agir contra até 450 bilhões de dólares em produtos chineses.
Trump expressou diversas vezes seu descontentamento com o que considera vantagens injustas da China sobre aos EUA no comércio internacional, com o déficit americano em termos de produtos em relação aos chineses atingindo o recorde de 375,2 bilhões de dólares em 2017.
Autoridades americanas acusam a China de construir seu domínio industrial através do roubo cibernético de algumas das suas principais inovações tecnológicas, transferências forçadas de propriedade intelectual e aquisições corporativas patrocinadas pelo Estado.
Ao impor as novas tarifas, o governo Trump ignorou vários alertas de que tais medidas poderão prejudicar a própria economia americana. A China, com uma economia em grande parte voltada para as demandas internas e uma dependência reduzida de importações, acredita que o efeito das tarifas americanas será sentido, mas não deve gerar grandes abalos.
"Uma guerra comercial é a última coisa que queremos, porque ninguém se beneficiará disso", afirmou o ministro chinês do Exterior, Lu Kang.
O primeiro-ministro Li Keqiang fez a mesma afirmação, acrescentando que a disputa "prejudica o livre comércio e o processo multilateral". "Se um país quiser aumentar tarifas, a China vai reagir para se defender", disse Li.
RC/afp/ap
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
À meia-noite desta sexta-feira (06/07), no horário de Washington, entraram em vigor sobretaxas de 25% sobre importações chinesas no valor de 34 bilhões de dólares, incluindo maquinário, equipamentos eletrônicos e de alta tecnologia e automóveis.
Pouco depois, o Ministério chinês do Exterior anunciou medidas de retaliação com efeito imediato. Segundo a agência chinesa de notícias Xinhua, Pequim aplicou tarifas de 25% sobre uma quantidade equivalente de produtos americanos. Pequim havia dito anteriormente que produtos agrícolas, como soja, e carros elétricos estariam entre os itens afetados.
As tarifas impostas por ambos os lados nesta sexta-feira podem ser apenas o primeiro ato do conflito comercial entre os dois países, uma vez que o presidente americano, Donald Trump, havia prometido agir contra até 450 bilhões de dólares em produtos chineses.
Trump expressou diversas vezes seu descontentamento com o que considera vantagens injustas da China sobre aos EUA no comércio internacional, com o déficit americano em termos de produtos em relação aos chineses atingindo o recorde de 375,2 bilhões de dólares em 2017.
Autoridades americanas acusam a China de construir seu domínio industrial através do roubo cibernético de algumas das suas principais inovações tecnológicas, transferências forçadas de propriedade intelectual e aquisições corporativas patrocinadas pelo Estado.
Ao impor as novas tarifas, o governo Trump ignorou vários alertas de que tais medidas poderão prejudicar a própria economia americana. A China, com uma economia em grande parte voltada para as demandas internas e uma dependência reduzida de importações, acredita que o efeito das tarifas americanas será sentido, mas não deve gerar grandes abalos.
"Uma guerra comercial é a última coisa que queremos, porque ninguém se beneficiará disso", afirmou o ministro chinês do Exterior, Lu Kang.
O primeiro-ministro Li Keqiang fez a mesma afirmação, acrescentando que a disputa "prejudica o livre comércio e o processo multilateral". "Se um país quiser aumentar tarifas, a China vai reagir para se defender", disse Li.
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