EUA pedem que seus cidadãos não viajem à Venezuela
Departamento de Estado incluiu país caribenho em nível de alerta para viajantes que costuma ser aplicado a nações em guerra civil, como a Síria e o Iêmen.O governo americano pediu nesta terça-feira (29/01) que seus cidadãos evitem viajar para a Venezuela. Entre as razões apontadas para a recomendação, o Departamento de Estado americano – responsável pela diplomacia – citou "crime, agitação social, estrutura de saúde insuficiente e prisões e detenções arbitrárias de cidadãos americanos”.
Em maio de 2018, o Departamento de Estado americano já havia emitido um alerta para que os cidadãos do país "reconsiderassem” qualquer viagem à Venezuela e evitassem "viagens não essenciais”, um alerta classificado como de nível três. Agora, o departamento elevou a recomendação para o maior nível, o quatro, que aponta para alto risco de vida e que adverte que o governo americano pode vir a não ser capaz de fornecer assistência em caso de emergência.
A lista americana é divida em quatro categorias: 1) "exercer cuidados normais”, 2) "tomar cuidados maiores”, 3) "reconsiderar viagem” e 4) "não viajar”
No alerta divulgado nesta terça, o departamento também citou que na Venezuela "crimes violentos, como homicídio, assalto a mão armada, sequestros e roubos de carros” são comuns. O governo americano ainda mencionou que "manifestações políticas e protestos ocorrem frequentemente” e que elas "provocam uma reação forte da polícia e de forças de segurança” e que há carência de "comida, eletricidade, água e remédios no país”.
"Forças de segurança detiveram arbitrariamente cidadãos dos EUA por longos períodos. As autoridades venezuelanas podem não notificar a embaixada dos EUA sobre a detenção de um cidadão dos EUA, e o acesso consular aos detidos pode ser negado ou seriamente atrasado”, diz um trecho do alerta.
A Venezuela é o único país do hemisfério ocidental incluído no nível de alerta quatro de "não viaje” do Departamento de Estado americano, passando a figurar ao lado de países em guerra civil como Síria, Mali e Iêmen ou ditaduras como a Coreia do Norte. O alerta, no entanto, não proíbe que americanos viajem para esses países.
O alerta sobre a Venezuela é emitido dias após o governo americano ter intensificado sua pressão sobre o regime de Nicolás Maduro. Na semana passada, os EUA reconheceram o oposicionista Juan Guaidó como presidente do país e têm exigido que Maduro saia do poder. Na segunda-feira, foi a vez dos EUA imporem sanções contra a estatal venezuelana de petróleo PDVSA, uma das poucas fontes de moeda forte do regime.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também tem uma classificação de recomendações de viagem semelhante, mas com cinco níveis de alerta. O mais alto indica "não viajar". Nesta lista, a Venezuela aparece no nível quatro, de "evitar viagens não essenciais". O Itamaraty informa ainda que os brasileiros devem viajar à Venezuela "com alto grau de cautela". Já o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha também informa aos cidadãos do país que "viajar à Venezuela atualmente não é recomendado”.
JPS/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Em maio de 2018, o Departamento de Estado americano já havia emitido um alerta para que os cidadãos do país "reconsiderassem” qualquer viagem à Venezuela e evitassem "viagens não essenciais”, um alerta classificado como de nível três. Agora, o departamento elevou a recomendação para o maior nível, o quatro, que aponta para alto risco de vida e que adverte que o governo americano pode vir a não ser capaz de fornecer assistência em caso de emergência.
A lista americana é divida em quatro categorias: 1) "exercer cuidados normais”, 2) "tomar cuidados maiores”, 3) "reconsiderar viagem” e 4) "não viajar”
No alerta divulgado nesta terça, o departamento também citou que na Venezuela "crimes violentos, como homicídio, assalto a mão armada, sequestros e roubos de carros” são comuns. O governo americano ainda mencionou que "manifestações políticas e protestos ocorrem frequentemente” e que elas "provocam uma reação forte da polícia e de forças de segurança” e que há carência de "comida, eletricidade, água e remédios no país”.
"Forças de segurança detiveram arbitrariamente cidadãos dos EUA por longos períodos. As autoridades venezuelanas podem não notificar a embaixada dos EUA sobre a detenção de um cidadão dos EUA, e o acesso consular aos detidos pode ser negado ou seriamente atrasado”, diz um trecho do alerta.
A Venezuela é o único país do hemisfério ocidental incluído no nível de alerta quatro de "não viaje” do Departamento de Estado americano, passando a figurar ao lado de países em guerra civil como Síria, Mali e Iêmen ou ditaduras como a Coreia do Norte. O alerta, no entanto, não proíbe que americanos viajem para esses países.
O alerta sobre a Venezuela é emitido dias após o governo americano ter intensificado sua pressão sobre o regime de Nicolás Maduro. Na semana passada, os EUA reconheceram o oposicionista Juan Guaidó como presidente do país e têm exigido que Maduro saia do poder. Na segunda-feira, foi a vez dos EUA imporem sanções contra a estatal venezuelana de petróleo PDVSA, uma das poucas fontes de moeda forte do regime.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil também tem uma classificação de recomendações de viagem semelhante, mas com cinco níveis de alerta. O mais alto indica "não viajar". Nesta lista, a Venezuela aparece no nível quatro, de "evitar viagens não essenciais". O Itamaraty informa ainda que os brasileiros devem viajar à Venezuela "com alto grau de cautela". Já o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha também informa aos cidadãos do país que "viajar à Venezuela atualmente não é recomendado”.
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