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Alemanha volta a ter protestos violentos contra restrições anticovid

Polícia entrou em conflito com manifestantes em uma marcha de milhares de pessoas em Berlim, que protestavam contra restrições impostas em função da pandemia de covid - Redes sociais
Polícia entrou em conflito com manifestantes em uma marcha de milhares de pessoas em Berlim, que protestavam contra restrições impostas em função da pandemia de covid Imagem: Redes sociais

Da Deutsche Welle

28/12/2021 07h09Atualizada em 28/12/2021 08h38

Milhares saem às ruas para se manifestar contra medidas para conter a pandemia e possibilidade de vacinação obrigatória. Estados do leste concentram maiores protestos, e ao menos dez policiais ficam feridos na Saxônia.Milhares de pessoas voltaram a protestar na Alemanha nesta segunda-feira (27/12) contra restrições anticoronavírus e a possibilidade de uma vacinação obrigatória geral contra a covid-19. Em várias cidades, houve confrontos entre manifestantes e policiais.

Estados no leste do país concentraram os maiores protestos. Em Mecklemburgo-Pomerânia Ocidental, no nordeste, a polícia registrou um total de 15 mil manifestantes em várias cidades, incluindo 6.500 em Rostock e 2.700 em Schwerin. Foram emitidas ao menos nove acusações criminais por resistência a detenção, lesão corporal, dano a propriedade e uso de símbolos de organizações inconstitucionais e terroristas.

No estado de Brandemburgo, cerca de 9 mil pessoas protestaram em 16 cidades, segundo a polícia. Na Saxônia-Anhalt, também no leste, cerca de 1.500 manifestantes saíram às ruas de Halle.

Na Saxônia, a polícia foi alvo de fogos de artifício e garrafas ao tentar dispersar uma multidão de manifestantes em Bautzen. Ao menos dez policiais ficaram feridos, e carros foram danificados. Os policiais usaram gás lacrimogêneo e cassetetes. No total, de 500 a 600 manifestantes teriam participado do protesto, entre eles "pessoas provavelmente pertencentes ao espectro extremista", segundo um porta-voz da polícia.

A polícia também foi destacada para dispersar protestos não autorizados nas duas cidades mais populosas da Saxônia, Leipzig e Dresden. Policiais e manifestantes usaram spray de pimenta em Dresden, onde cerca de 500 pessoas saíram às ruas. Uma mulher ficou ferida, e um homem foi detido. Mais outros cerca de 30 protestos ocorreram pelo estado.

No estado central da Turíngia, cerca de 2 mil pessoas protestaram na cidade de Gera e outras cerca de 1.300 na cidade próxima de Altenburg, reportou a polícia.

Em Hessen, cerca de mil pessoas protestaram em Saarbrücken e Fulda, e outras manifestações foram registradas pelo estado. Em Baden-Württemberg, no sudoeste, centenas saíram às ruas de Ravensburg, e também houve protestos em Mannheim e Pforzheim.

Centenas de pessoas também se manifestaram na Baixa-Saxônia, com a maior concentração, de 800 manifestantes, registrada em Wolfsburg.

Em Dortmund, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, no oeste, cerca de 650 pessoas saíram às ruas para chamar atenção para as "vítimas das medidas anticovid".

Novas regras e quinta onda

Novas regras entram em vigor nesta terça, incluindo um limite para o número de pessoas permitido em encontros privados e a determinação que grandes eventos culturais e esportivos ocorram sem público. O Parlamento também aprovou a obrigatoriedade de vacina para profissionais da saúde no início deste mês.

Nas últimas semanas, protestos contra medidas anticovid vêm sendo registrados pelo país, muitas vezes violentos, com policiais feridos e manifestantes detidos. No último domingo, oito policiais e vários participantes ficaram feridos durante uma manifestação na Baviera, incluindo uma criança de quatro anos.

A Alemanha enfrenta atualmente uma quinta onda de casos de covid-19, impulsionada pela variante ômicron do coronavírus, mais transmissível. A nova cepa já foi detectada em todos os 16 estados do país.

*Com DPA, AFP, ARD