Esse conteúdo é antigo
Impasse com estatal russa leva Alemanha a economizar gás
Impasse com estatal russa leva Alemanha a economizar gás - Berlim anuncia medidas para evitar escassez de gás no inverno. País pretende aumentar participação de carvão na geração de energia - num revés para planos de eliminar uso deste combustível altamente poluente até 2030.Diante de cortes no fornecimento de gás natural vindo da Rússia, o Ministério da Economia da Alemanha afirmou neste domingo (19/06) que planeja medidas para aumentar a economia de energia e atender a demanda energética do país, incluindo o aumento do uso de carvão – um combustível fóssil mais poluente.
A Alemanha vem tentando encher suas instalações de armazenamento de gás natural para garantir o abastecimento no inverno, quando a demanda por esse combustível fóssil é muito maior devido ao seu uso no aquecimento.
Em comunicado, o ministério afirmou que, para reduzir o consumo de gás, será aumentado o uso de carvão para a geração de energia. "Isso é amargo, mas absolutamente necessário nesta situação para reduzir o consumo de gás", admitiu o ministro da Economia, Robert Habeck, do Partido Verde.
Habeck afirmou ainda que a situação é grave e sem uma redução atual no consumo há o risco de escassez de gás no inverno.
Além do uso do carvão, as medidas preveem leilões para estimular a redução do consumo de gás pela indústria e subsídios para a compra e armazenamento do combustível fóssil.
Corte no fornecimento
O anúncio alemão ocorre pouco dias após a estatal russa Gazprom reduzir o fornecimento de gás natural por meio do gasoduto Nord Stream 1 devido a supostos trabalhos de manutenção. Autoridades europeias, no entanto, acreditam que Moscou está punido aliados da Ucrânia com a redução.
O próprio Habeck afirmou na quarta-feira que os cortes feitos pela Gazprom foram politicamente motivados. "Obviamente é a estratégia para desestabilizar e elevar os preços", disse, acrescentando esperar que a Rússia restrinja ainda mais as entregas.
Nas últimas semanas, a Gazprom interrompeu as entregas de gás a vários clientes europeus que se recusaram a fazer pagamentos em rublos, a moeda russa, como Finlândia, Dinamarca e Holanda. Além disso, o combustível já havia parado de ser bombeado pelo gasoduto Yamal-Europa, pela Polônia. O trânsito de gás russo pela Ucrânia também está reduzido.
Revés climático
A decisão do ministério alemão marca um revés para a coalizão de governo, composta por social-democratas, verdes e liberais, que prometeu eliminar o uso do carvão no país até 2030. Com a guerra na Ucrânia, essa proposta ficou cada vez mais distante e esse combustível fóssil altamente poluente voltou a ser uma alternativa para evitar o desabastecimento energético.
A guerra levou ainda a Alemanha a reduzir a dependência de energia russa. Desde o início da guerra, o país já consegui reduzir de 55% para 35% a participação russa em sua demanda de gás natural, graças ao aumento do fornecimento pela Noruega e Holanda, além de novos contratos de compra de gás natural liquefeito (GNL).
cn (AFP, AP)
A Alemanha vem tentando encher suas instalações de armazenamento de gás natural para garantir o abastecimento no inverno, quando a demanda por esse combustível fóssil é muito maior devido ao seu uso no aquecimento.
Em comunicado, o ministério afirmou que, para reduzir o consumo de gás, será aumentado o uso de carvão para a geração de energia. "Isso é amargo, mas absolutamente necessário nesta situação para reduzir o consumo de gás", admitiu o ministro da Economia, Robert Habeck, do Partido Verde.
Habeck afirmou ainda que a situação é grave e sem uma redução atual no consumo há o risco de escassez de gás no inverno.
Além do uso do carvão, as medidas preveem leilões para estimular a redução do consumo de gás pela indústria e subsídios para a compra e armazenamento do combustível fóssil.
Corte no fornecimento
O anúncio alemão ocorre pouco dias após a estatal russa Gazprom reduzir o fornecimento de gás natural por meio do gasoduto Nord Stream 1 devido a supostos trabalhos de manutenção. Autoridades europeias, no entanto, acreditam que Moscou está punido aliados da Ucrânia com a redução.
O próprio Habeck afirmou na quarta-feira que os cortes feitos pela Gazprom foram politicamente motivados. "Obviamente é a estratégia para desestabilizar e elevar os preços", disse, acrescentando esperar que a Rússia restrinja ainda mais as entregas.
Nas últimas semanas, a Gazprom interrompeu as entregas de gás a vários clientes europeus que se recusaram a fazer pagamentos em rublos, a moeda russa, como Finlândia, Dinamarca e Holanda. Além disso, o combustível já havia parado de ser bombeado pelo gasoduto Yamal-Europa, pela Polônia. O trânsito de gás russo pela Ucrânia também está reduzido.
Revés climático
A decisão do ministério alemão marca um revés para a coalizão de governo, composta por social-democratas, verdes e liberais, que prometeu eliminar o uso do carvão no país até 2030. Com a guerra na Ucrânia, essa proposta ficou cada vez mais distante e esse combustível fóssil altamente poluente voltou a ser uma alternativa para evitar o desabastecimento energético.
A guerra levou ainda a Alemanha a reduzir a dependência de energia russa. Desde o início da guerra, o país já consegui reduzir de 55% para 35% a participação russa em sua demanda de gás natural, graças ao aumento do fornecimento pela Noruega e Holanda, além de novos contratos de compra de gás natural liquefeito (GNL).
cn (AFP, AP)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.