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Parlamentares de esquerda e de direita se articulam para derrubar premiê francês

Parlamento francês Imagem: STEPHANE DE SAKUTIN / AFP

02/12/2024 16h29Atualizada em 02/12/2024 17h25

O primeiro-ministro da França, Michel Barnier, pode ser destituído pelo parlamento francês após tentar aprovar o orçamento de 2025 sem o aval do Legislativo, nesta segunda-feira (2).

O que aconteceu

Barnier utilizou poderes do Executivo para aprovar o orçamento sem votação parlamentar. Sem maioria no parlamento, ele recorreu ao dispositivo 49.3 da Constituição, gerando forte reação da oposição.

A esquerda e a ultradireita apresentaram uma moção de desconfiança contra Barnier. Os partidos liderados por Marine Le Pen e pela França Insubmissa têm votos suficientes para potencialmente derrubar o governo.

A França enfrenta uma Assembleia Nacional fragmentada desde as eleições antecipadas de junho. Nenhum partido ou coalizão conseguiu maioria, complicando a governabilidade.

Barnier justificou seu ato como necessário para garantir estabilidade política. No entanto, a medida o expôs a moções de desconfiança, que podem resultar em sua destituição.

A votação da moção de desconfiança está prevista para quarta-feira (4). Se aprovada, Macron terá que nomear um novo primeiro-ministro.

Possíveis consequências

Michel Barnier pode se tornar o primeiro-ministro com o mandato mais curto desde a 2ª Guerra Mundial. Ele seria o segundo a ser destituído por uma moção de censura na história recente da França.

A crise política pode agravar os problemas econômicos da França e impactar a zona do euro. Analistas alertam para as repercussões econômicas caso Barnier seja destituído.

Marine Le Pen criticou Barnier por ignorar demandas durante as negociações orçamentárias. Ela destacou que ele cedeu em várias exigências, mas recusou adiar o aumento das pensões.

A França Insubmissa e a Reunião Nacional anunciaram apoio à moção de censura. Mathilde Panot, porta-voz da França Insubmissa, confirmou a apresentação da moção através das redes sociais.

O orçamento precisa ser aprovado até o final do ano e é composto por dois projetos de lei: um referente à Segurança Social e outro ao Estado.

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