Menina acusada de blasfêmia no Paquistão segue detida em prisão de adultos
As autoridades paquistanesas revelaram nesta terça-feira (21) que a menina Rimsha Masih, de família cristã, acusada de blasfêmia por ter queimado páginas do Corão, está presa em uma prisão comum apesar de sua pouca idade e de aparentemente sofrer de incapacidade mental.
"A menina está no módulo de prisão preventiva junto com mulheres adultas e em princípio seguirá ali até que os juízes se pronunciem sobre o caso", disse à Agência Efe um funcionário da prisão onde a menor está detida.
Segundo o jornal local "Express Tribune" a menina não foi autorizada a receber visitas nem de advogados nem de representantes de organizações de direitos humanos, que denunciaram a situação de Rimsha. A família da menina fugiu por medo de represálias.
Na sexta-feira, a menor foi acusada de blasfêmia por seus vizinhos. Ela teria queimado páginas do Corão para cozinhar. Organizações do país dizem que a menor não sabia que o papel utilizado era do livro sagrado dos muçulmanos.
Como costuma ocorrem em casos parecidos, não só os parentes da acusada, mas outras famílias cristãs da região abandonaram suas casas com medo de ataques fundamentalistas.
O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, soube do ocorrido e segundo seu porta-voz disse que não pode perdoar alguém da acusação de blasfêmia, mas ressaltou que ninguém deve usar a lei para solucionar problemas pessoais.
A Comissão de Direitos Humanos do Paquistão criticou hoje a prisão de Rimsha e pediu proteção para a menor e sua família.
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