Egito aplica 1ª execução de simpatizante de Mursi desde protestos de 2013
Cairo, 7 mar (EFE).- O Ministério do Interior do Egito anunciou neste sábado a execução de um integrante da Irmandade Muçulmana condenado à morte na forca por matar quatro menores de idade na cidade de Alexandria durante os protestos de julho de 2013.
Esta é a primeira vez que é cumprida uma condenação à pena capital de um membro do grupo islamita desde aquele mês, quando o então presidente Mohammed Mursi foi tirado do poder pelos militares.
O comunicado do Ministério não explica em que data Mahmoud Hassan Ramadan foi executado, mas aponta que a sentença foi aplicada depois de esgotados todos os trâmites judiciais.
O homem foi condenado em maio do ano passado à forca por participar de atos violentos durante protestos a favor de Mursi em Alexandria, dois dias depois do golpe de Estado, e matar quatro menores de idade empurrando-os do alto de um edifício.
O Tribunal de Cassação do Egito confirmou em fevereiro deste ano a condenação à morte do islamita, assim como penas que variam de sete anos à prisão perpétua contra outras 56 pessoas envolvidas nos distúrbios em Alexandria.
Desde o golpe militar contra Mursi, as autoridades perseguiram seus simpatizantes e detiveram a cúpula da Irmandade Muçulmana, movimento do qual o ex-presidente era membro.
Centenas de pessoas foram, desde então, condenadas à pena capital em grandes julgamentos, muito criticados pelas organizações de direitos humanos e pela comunidade internacional por não cumprirem as garantias legais básicas.
No entanto, até agora, nenhuma destas penas à forca relacionadas com distúrbios ou protestos após a queda de Mursi tinha sido aplicada.
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