EUA pedem que China permita ato para lembrar o massacre da Praça da Paz Celestial
O Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu nesta quinta-feira (4) um comunicado por ocasião do 26º aniversário do massacre de Praça da Paz Celestial, no qual pediu ao governo chinês que permita que aqueles que desejam possam relembrar pacificamente a data.
A diplomacia americana solicitou que a China faça "uma apuração oficial" das vítimas da Praça da Paz Celestial, já que até hoje não se averiguou o número e nome dos mortos. Além disso, pediu a libertação dos que "ainda cumprem penas" por esse acontecimento e o fim "do assédio e detenção" daqueles que querem comemorar pacificamente o aniversário.
Nesta quinta-feira completam 26 anos do massacre ocorrido no dia 4 de junho de 1989 na Praça da Paz Celestial, onde o governo chinês reprimiu com violência um movimento estudantil dissidente, causando várias mortes, que alguns estimam em centenas, até milhares de pessoas.
"Apesar de a China ter alcançado um grande progresso social e econômico desde 1989, ainda nos preocupa que se mantenham os abusos aos direitos humanos", apontou o Departamento de Estado.
Os EUA pediram que o governo da China "ratifique seus compromissos internacionais" para proteger os direitos humanos e as liberdades fundamentais, e acabe com "o assédio, a prisão e outros maus tratos" contra aqueles que, "de maneira pacífica", querem justiça, querem praticar sua religião e expressar suas opiniões.
O massacre de Praça da Paz Celestial continua sendo um tema tabu para os líderes chineses, que reprimem qualquer tentativa de comemoração e de se acionar a Justiça pelo ocorrido em junho de 1989, quando o regime decidiu enviar tanques para as ruas para acabar com os maciços protestos em favor da democracia.
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