"Perdemos uma batalha, mas não a guerra", diz Evo Morales após derrota
La Paz, 24 fev (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, aceitou nesta quarta-feira sua derrota no referendo de domingo, no qual foi rejeitada uma reforma constitucional sobre sua reeleição, e indicou que o Governo perdeu uma batalha, "mas não a guerra".
Em entrevista coletiva em La Paz, Morales afirmou que respeitará o resultado do referendo e interpretou que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), se manteve firme apesar da "guerra suja" e da "discriminação" durante a campanha.
"Exceto neste referendo, em tudo lhes derrotamos, todas as batalhas. Agora perdemos uma batalha, mas não a guerra", sustentou o governante.
Trata-se da primeira derrota eleitoral de Morales nos dez anos que está no poder, nos quais até agora só tinha colhido triunfos quando sua liderança esteve em jogo.
No referendo do domingo, o Não se impôs com 51,31% contra 48,69% do sim com um cômputo de 99,49% dos votos, informou ontem à noite o órgão eleitoral.
A proposta submetida à consulta foi uma iniciativa do Governo para reformar um artigo da Constituição para ampliar o número de mandatos consecutivos permitidos de dois para três.
Morales insistiu que continuará seu "luta" contra o capitalismo e o imperialismo junto aos "movimentos sociais".
O líder não quis falar sobre um possível sucessor ou sucessora e também disse que respeitará o resultado do referendo ao ser consultado sobre se deixará a presidência em 2020 e não tentará por outros mecanismos voltar a concorrer em 2019.
Morales e o vice-presidente Álvaro García Linera tinham pedido apoio a essa proposta com o propósito de voltar a serem candidatos no pleito de 2019, para buscar um quarto mandato consecutivo para o período 2020-2025.
O primeiro período dos governantes se iniciou em 2006, o segundo mandato em 2010 e o terceiro começou em 2015 e deve terminar em janeiro de 2020.
Embora a Constituição permita somente dois mandatos consecutivos, Morales e García Lnera se apresentaram às eleições gerais de 2014 com o aval de uma decisão do Tribunal Constitucional que resolveu que o primeiro período (2006-2010) não devia ser incluído porque a Bolívia foi refundada em 2009.
O resultado oficial confirmou os dados divulgados no domingo depois da votação pelas firmas "Ipsos" e "Equipes Mori", que anteciparam uma vitória do Não por estreita margem.
O governante ressaltou hoje que se tratou de uma "primeira experiência" para modificar a Carta Magna mediante o voto popular e opinou que "talvez o povo ainda não quer a modificação da Constituição" promulgada em 2009.
Morales terá nesta quinta-feira uma reunião com seus ministros, vice-ministros e autoridades de outras entidades e empresas estatais para avaliar os resultados do referendo, mas também para definir alguns outros temas econômicos e sociais de sua gestão.
Em entrevista coletiva em La Paz, Morales afirmou que respeitará o resultado do referendo e interpretou que seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), se manteve firme apesar da "guerra suja" e da "discriminação" durante a campanha.
"Exceto neste referendo, em tudo lhes derrotamos, todas as batalhas. Agora perdemos uma batalha, mas não a guerra", sustentou o governante.
Trata-se da primeira derrota eleitoral de Morales nos dez anos que está no poder, nos quais até agora só tinha colhido triunfos quando sua liderança esteve em jogo.
No referendo do domingo, o Não se impôs com 51,31% contra 48,69% do sim com um cômputo de 99,49% dos votos, informou ontem à noite o órgão eleitoral.
A proposta submetida à consulta foi uma iniciativa do Governo para reformar um artigo da Constituição para ampliar o número de mandatos consecutivos permitidos de dois para três.
Morales insistiu que continuará seu "luta" contra o capitalismo e o imperialismo junto aos "movimentos sociais".
O líder não quis falar sobre um possível sucessor ou sucessora e também disse que respeitará o resultado do referendo ao ser consultado sobre se deixará a presidência em 2020 e não tentará por outros mecanismos voltar a concorrer em 2019.
Morales e o vice-presidente Álvaro García Linera tinham pedido apoio a essa proposta com o propósito de voltar a serem candidatos no pleito de 2019, para buscar um quarto mandato consecutivo para o período 2020-2025.
O primeiro período dos governantes se iniciou em 2006, o segundo mandato em 2010 e o terceiro começou em 2015 e deve terminar em janeiro de 2020.
Embora a Constituição permita somente dois mandatos consecutivos, Morales e García Lnera se apresentaram às eleições gerais de 2014 com o aval de uma decisão do Tribunal Constitucional que resolveu que o primeiro período (2006-2010) não devia ser incluído porque a Bolívia foi refundada em 2009.
O resultado oficial confirmou os dados divulgados no domingo depois da votação pelas firmas "Ipsos" e "Equipes Mori", que anteciparam uma vitória do Não por estreita margem.
O governante ressaltou hoje que se tratou de uma "primeira experiência" para modificar a Carta Magna mediante o voto popular e opinou que "talvez o povo ainda não quer a modificação da Constituição" promulgada em 2009.
Morales terá nesta quinta-feira uma reunião com seus ministros, vice-ministros e autoridades de outras entidades e empresas estatais para avaliar os resultados do referendo, mas também para definir alguns outros temas econômicos e sociais de sua gestão.
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