Trump não descarta guerra comercial com México se este não pagar por muro

Washington, 25 fev (EFE).- O pré-candidato do Partido Republicano para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump, não descartou nesta quinta-feira iniciar uma guerra comercial com o México se este não pagar pela construção do muro fronteiriço que ele quer erguer na divisa entre os dois países.

Perguntado sobre a rejeição de integrantes do governo mexicano à sua proposta para conter a imigração ilegal e se isso poderia levar a uma guerra comercial, o pré-candidato garantiu que "guerras comerciais não importam quando nós (os EUA) estamos perdendo US$ 58 bilhões por ano" de déficit comercial.

Trump reiterou que se for eleito presidente construirá o muro "que medirá três metros" e criticou as palavras do ex-presidente mexicano Vicente Fox, que disse que não vai pagar "por esse maldito muro".

"Esse cara (Fox) usou uma palavra desagradável na televisão e deveria se desculpar", afirmou o magnata no décimo debate televisionado entre os pré-candidatos republicanos à presidência dos EUA, realizado nesta quinta-feira em Houston, no Texas, e organizado pelas emissoras "CNN" e "Telemundo".

O rival de Trump na disputa conservadora e senador pela Flórida, Marco Rubio, alfinetou o magnata ao dizer que ele "faz seus ternos e gravatas no México", por isso sua proposta o levaria a "uma guerra comercial contra seus próprios ternos e gravatas".

Rubio e o senador pelo Texas Ted Cruz se mostraram hoje especialmente agressivos contra Trump, recorrendo em muitas ocasiões a ataques pessoais, uma demonstração de que o magnata é o rival a ser batido na próxima terça-feira, quando mais de dez estados, entre eles o Texas, realizarão suas prévias eleitorais, a chamada "Super Terça".