Não haverá paz na Síria sem influência da Rússia sobre Assad, diz oposição
Genebra, 24 mar (EFE).- A Comissão Suprema para as Negociações (CSN), principal aliança de oposição da Síria, afirmou nesta quinta-feira que se a Rússia não usar sua influência sobre o governo de Bashar al Assad, o diálogo de paz mediado pela ONU não avançará.
"Esse é um momento único, um momento precioso. Espero que a Rússia veja a importância desse momento e use sua influência sobre o regime. Sem isso, sem a influência russa, não haverá mudança", afirmou Bassma Kodmani, um dos representantes da oposição.
A CSN se reuniu hoje pela última vez com o mediador do diálogo de paz, Staffan De Mistura, que comandou durante as duas últimas semanas a segunda rodada do processo diplomático que entra em recesso a partir da noite desta quinta-feira.
Kodmani disse, durante o processo, a CSN deixou claro que tinha "se comprometido de boa fé, com seriedade". Além disso, demonstrou que a oposição era "diversa, inclusiva, representativa, capaz de tomar decisões e implementá-las".
"O fim das hostilidades é o exemplo mais claro disso", afirmou o representante da oposição, em referência ao cessar-fogo em vigor na Síria desde o último dia 27 de fevereiro.
No entanto, Kodmani avaliou que as conversas só vão avançar se a Rússia pressionar o regime para dialogar também de forma construtiva.
O representante da oposição confirmou que recebeu do mediador da ONU um documento que enumera os pontos de convergência entre as partes e que pode servir de base para um futuro roteiro sobre o que deve ser o processo de transição no país.
"É um documento construtivo e o recebemos com um espírito positivo", disse o membro da CSN, acrescentando que espera que a nova rodada diálogo deve ter início no princípio de abril.
O regime de Assad afirmou em reiteradas ocasiões que quer que o próximo encontro comece após as eleições parlamentares convocadas para o dia 13 do próximo mês.
No documento apresentado por De Mistura, um dos itens aborda a necessidade de reconstruir o Exército da Síria e incluir os membros dos grupos armados do país. Consultado sobre a possibilidade, Kodmani afirmou que a oposição já esperava esse tipo de proposta.
"A oposição militar está comprometida com o Exército nacional. Quem desertou foi porque o Exército foi confiscado. Mas, se houver um processo de transição política, claro que voltarão para ele", disse Kodmani, voltando a pedir a libertação dos milhares de presos políticos.
"Esse é um momento único, um momento precioso. Espero que a Rússia veja a importância desse momento e use sua influência sobre o regime. Sem isso, sem a influência russa, não haverá mudança", afirmou Bassma Kodmani, um dos representantes da oposição.
A CSN se reuniu hoje pela última vez com o mediador do diálogo de paz, Staffan De Mistura, que comandou durante as duas últimas semanas a segunda rodada do processo diplomático que entra em recesso a partir da noite desta quinta-feira.
Kodmani disse, durante o processo, a CSN deixou claro que tinha "se comprometido de boa fé, com seriedade". Além disso, demonstrou que a oposição era "diversa, inclusiva, representativa, capaz de tomar decisões e implementá-las".
"O fim das hostilidades é o exemplo mais claro disso", afirmou o representante da oposição, em referência ao cessar-fogo em vigor na Síria desde o último dia 27 de fevereiro.
No entanto, Kodmani avaliou que as conversas só vão avançar se a Rússia pressionar o regime para dialogar também de forma construtiva.
O representante da oposição confirmou que recebeu do mediador da ONU um documento que enumera os pontos de convergência entre as partes e que pode servir de base para um futuro roteiro sobre o que deve ser o processo de transição no país.
"É um documento construtivo e o recebemos com um espírito positivo", disse o membro da CSN, acrescentando que espera que a nova rodada diálogo deve ter início no princípio de abril.
O regime de Assad afirmou em reiteradas ocasiões que quer que o próximo encontro comece após as eleições parlamentares convocadas para o dia 13 do próximo mês.
No documento apresentado por De Mistura, um dos itens aborda a necessidade de reconstruir o Exército da Síria e incluir os membros dos grupos armados do país. Consultado sobre a possibilidade, Kodmani afirmou que a oposição já esperava esse tipo de proposta.
"A oposição militar está comprometida com o Exército nacional. Quem desertou foi porque o Exército foi confiscado. Mas, se houver um processo de transição política, claro que voltarão para ele", disse Kodmani, voltando a pedir a libertação dos milhares de presos políticos.
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