Presidente da Armênia diz ao papa que genocídio é "realidade inegável"
Yerevan, 24 jun (EFE).- O presidente da Armênia, Serzh Sargsyan, disse nesta sexta-feira que o genocídio armênio é "uma realidade inegável" e agradeceu ao papa suas palavras do ano passado, quando denunciou o massacre de armênios como "o primeiro genocídio do século XX".
Em abril de 2015, em uma missa no Vaticano, Francisco rotulou de "genocídio" as deportações maciças de armênios orquestradas pelas autoridades otomanas em 1915, que derivaram na morte de 1,5 milhão de armênios. Isto lhe custou uma crise diplomática com a Turquia, herdeira do extinto Império Otomano, já que o governo em Ancara rejeita o uso do termo por considerar estes fatos uma consequência a mais da Primeira Guerra Mundial.
"Não podemos deixar de acreditar no triunfo da justiça quando em 100 anos, um período que vai de 1915 a 2015, a mensagem da justiça está sendo levado à humanidade a partir do coração do mundo católico", disse o presidente.
E acrescentou: "Esse anúncio de que a primeira das atrocidades em massa que afetaram à humanidade, o genocídio armênio, é um fato histórico é uma realidade inegável, quando todas as tentativas de falsificação e de negação começam a tremer perante a justiça histórica".
Sargsyan disse que seu país "não procura culpados, e só deseja que se chamem as coisas por seu nome" com o objetivo de avançar na reconciliação com seu vizinha ocidental, Turquia, e Azerbaijão, pelo leste e aliada de Ancara. A Armênia mantém relações tensas com estes dois Estados, com a fronteira turca fechada e com um cessar-fogo frágil com o Azerbaijão devido à disputa territorial pelo Nagorno-Karabakh.
Após o discurso presidencial, o papa Francisco voltou hoje, de forma improvisada, a aludir ao "genocídio armênio", apesar das críticas recebidas pelos turcos no ano passado.
Em abril de 2015, em uma missa no Vaticano, Francisco rotulou de "genocídio" as deportações maciças de armênios orquestradas pelas autoridades otomanas em 1915, que derivaram na morte de 1,5 milhão de armênios. Isto lhe custou uma crise diplomática com a Turquia, herdeira do extinto Império Otomano, já que o governo em Ancara rejeita o uso do termo por considerar estes fatos uma consequência a mais da Primeira Guerra Mundial.
"Não podemos deixar de acreditar no triunfo da justiça quando em 100 anos, um período que vai de 1915 a 2015, a mensagem da justiça está sendo levado à humanidade a partir do coração do mundo católico", disse o presidente.
E acrescentou: "Esse anúncio de que a primeira das atrocidades em massa que afetaram à humanidade, o genocídio armênio, é um fato histórico é uma realidade inegável, quando todas as tentativas de falsificação e de negação começam a tremer perante a justiça histórica".
Sargsyan disse que seu país "não procura culpados, e só deseja que se chamem as coisas por seu nome" com o objetivo de avançar na reconciliação com seu vizinha ocidental, Turquia, e Azerbaijão, pelo leste e aliada de Ancara. A Armênia mantém relações tensas com estes dois Estados, com a fronteira turca fechada e com um cessar-fogo frágil com o Azerbaijão devido à disputa territorial pelo Nagorno-Karabakh.
Após o discurso presidencial, o papa Francisco voltou hoje, de forma improvisada, a aludir ao "genocídio armênio", apesar das críticas recebidas pelos turcos no ano passado.
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