Serra pede que Mercosul adie transferência do comando do bloco à Venezuela
Montevidéu, 5 jul (EFE).- O ministro das Relações Exteriores, José Serra, se reuniu nesta terça-feira em Montevidéu com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e com o chanceler do país, Rodolfo Nin Novoa, e lhes propôs o adiamento até meados de agosto da decisão de repassar ou não à Venezuela a presidência temporária do Mercosul.
O Uruguai, que atualmente preside o bloco regional, manifestou sua intenção de cumprir o regulamento do grupo - ao qual também pertencem Argentina e Paraguai - e repassar o mandato do Mercosul ao país caribenho, o que, em princípio, será debatido em reunião de chanceleres em Montevidéu no próximo dia 11 de julho.
"Fiz a proposta para que deixássemos a decisão para meados de agosto, quando a Venezuela teria que concluir os requisitos (para fazer parte do grupo) do Mercosul que foram fixados há quatro anos e que até agora foram cumpridos parcialmente", disse Serra em entrevista coletiva após almoçar com Novoa na capital uruguaia.
Perguntado sobre isso, o chanceler brasileiro afirmou que a Venezuela ingressou no Mercosul sem cumprir "as pré-condições" do bloco e que o período que recebeu para isso, primeiro de dois anos e ampliado depois por outros dois, acaba em agosto.
Sobre essas condições, Serra explicou que se trata de aspectos vinculados a, entre outras coisas, "normas, taxas cambiais e controles quantitativos", e comentou que o país caribenho tem "um déficit muito grande nesse área".
Quanto às consequências que poderia ter o descumprimento dessas condições, Serra descartou a possibilidade que a Venezuela possa ser expulsa do bloco por esse motivo.
Serra considera que, uma vez concluído esse prazo em meados de agosto, os países-membros terão mais elementos para poder tomar uma decisão em relação à transferência da presidência temporária à Venezuela, que atravessa uma situação política "nebulosa", segundo declarou.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores disse que respeita a decisão de Vázquez de repassar o mandato do Mercosul à Venezuela.
Nesse sentido, Novoa se reuniu na semana passada no Uruguai com a chanceler argentina, Susana Malcorra, e em entrevista coletiva conjunta anunciou que a tradicional cúpula de chefes de Estado na qual se faz a transferência da presidência do bloco e prevista para este mês tinha sido cancelada e que a transferência seria feita entre chanceleres, algo que neste momento ainda está em dúvida.
Por outro lado, Serra reiterou que o Mercosul precisa dar flexibilidade a seus integrantes para concretizar acordos bilaterais com terceiros países sem a necessidade que esses acordos sejam aprovados pelos demais países do bloco.
"Temos que dinamizar o Mercosul, precisa ser aprofundado em relação ao livre-comércio dentro da própria região dado que ainda há impedimentos" ressaltou.
O Uruguai, que atualmente preside o bloco regional, manifestou sua intenção de cumprir o regulamento do grupo - ao qual também pertencem Argentina e Paraguai - e repassar o mandato do Mercosul ao país caribenho, o que, em princípio, será debatido em reunião de chanceleres em Montevidéu no próximo dia 11 de julho.
"Fiz a proposta para que deixássemos a decisão para meados de agosto, quando a Venezuela teria que concluir os requisitos (para fazer parte do grupo) do Mercosul que foram fixados há quatro anos e que até agora foram cumpridos parcialmente", disse Serra em entrevista coletiva após almoçar com Novoa na capital uruguaia.
Perguntado sobre isso, o chanceler brasileiro afirmou que a Venezuela ingressou no Mercosul sem cumprir "as pré-condições" do bloco e que o período que recebeu para isso, primeiro de dois anos e ampliado depois por outros dois, acaba em agosto.
Sobre essas condições, Serra explicou que se trata de aspectos vinculados a, entre outras coisas, "normas, taxas cambiais e controles quantitativos", e comentou que o país caribenho tem "um déficit muito grande nesse área".
Quanto às consequências que poderia ter o descumprimento dessas condições, Serra descartou a possibilidade que a Venezuela possa ser expulsa do bloco por esse motivo.
Serra considera que, uma vez concluído esse prazo em meados de agosto, os países-membros terão mais elementos para poder tomar uma decisão em relação à transferência da presidência temporária à Venezuela, que atravessa uma situação política "nebulosa", segundo declarou.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores disse que respeita a decisão de Vázquez de repassar o mandato do Mercosul à Venezuela.
Nesse sentido, Novoa se reuniu na semana passada no Uruguai com a chanceler argentina, Susana Malcorra, e em entrevista coletiva conjunta anunciou que a tradicional cúpula de chefes de Estado na qual se faz a transferência da presidência do bloco e prevista para este mês tinha sido cancelada e que a transferência seria feita entre chanceleres, algo que neste momento ainda está em dúvida.
Por outro lado, Serra reiterou que o Mercosul precisa dar flexibilidade a seus integrantes para concretizar acordos bilaterais com terceiros países sem a necessidade que esses acordos sejam aprovados pelos demais países do bloco.
"Temos que dinamizar o Mercosul, precisa ser aprofundado em relação ao livre-comércio dentro da própria região dado que ainda há impedimentos" ressaltou.
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