Em SP, secretário da Unasul confia em retomada de diálogo na Venezuela
Waldheim García Montoya.
São Paulo, 10 jul (EFE).- O secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, disse neste domingo que confia na retomada das negociações de diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela a partir da próxima semana.
"Temos a boa notícia que já parece abrir-se o caminho de uma nova data para que as partes se sentem a partir de 12, 13 (de julho)", afirmou Samper em entrevista à Agência Efe após o encerramento em São Paulo do Fórum Social Mundial das Migrações.
Segundo Samper, "a agenda que se está propondo para este diálogo parece irrefutável do ponto de vista do que se necessita na Venezuela".
Nesse sentido, acrescentou, "a Venezuela necessita que haja um pacto de não violência para as próximas eleições e para o próprio trâmite do revogatório proposto pela oposição. Necessita que, como propôs o presidente (Nicolás) Maduro, haja um processo de verdade e justiça".
Esse processo, segundo Samper, serve "não somente para visibilizar e solucionar o problema de detidos judiciais, mas também para ressarcir às vítimas dos fatos de violência"
Para o ex-presidente colombiano, o diálogo entre governo e oposição deveria ser instalado dentro da Unasul.
"Esperamos que com este reinício do diálogo que se vai fazer esta semana se possa definir a agenda e estabelecer um programa de ação e muito em breve possamos instalar formalmente o diálogo, espero que na Unasul", acrescentou.
Sobre o papel do Brasil na crise venezuelana, Samper admitiu que o país pode ter dificuldades para participar do processo depois que o chanceler José Serra adotou um posição contra a chegada do governo da Venezuela à presidência temporária do Mercosul, que deveria assumir este mês.
"O Brasil faz parte, ainda oficialmente, da 'troika' que foi constituída pelos chanceleres para tratar o tema da Venezuela e na qual estavam também Colômbia e Equador", lembrou.
"Suponho que a atitude um pouco agressiva do chanceler (José) Serra com a Venezuela de alguma maneira poderia dificultar esta possibilidade de o Brasil seguir fazendo parte da 'troika'", comentou Samper.
"No entanto, mantive o chanceler Serra informado dos desenvolvimentos deste processo de diálogo porque considero que ele segue fazendo parte da institucionalidade vigente da Unasul no que se refere ao tema da Venezuela", ressaltou.
O diálogo na Venezuela é um mecanismo que foi proposto pela Unasul tendo como mediadores os ex-presidentes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Martín Torrijos (Panamá) e Leonel Fernández (República Dominicana), como uma alternativa para solucionar a crise que atravessa o país.
No entanto, a oposição venezuelana estabeleceu na quinta-feira passada novas condições para poder iniciar um processo de diálogo com o governo de Nicolás Maduro, exigindo que no mesmo participe a Organização dos Estados Americanos (OEA) e um representante do Vaticano.
São Paulo, 10 jul (EFE).- O secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Ernesto Samper, disse neste domingo que confia na retomada das negociações de diálogo entre o governo e a oposição na Venezuela a partir da próxima semana.
"Temos a boa notícia que já parece abrir-se o caminho de uma nova data para que as partes se sentem a partir de 12, 13 (de julho)", afirmou Samper em entrevista à Agência Efe após o encerramento em São Paulo do Fórum Social Mundial das Migrações.
Segundo Samper, "a agenda que se está propondo para este diálogo parece irrefutável do ponto de vista do que se necessita na Venezuela".
Nesse sentido, acrescentou, "a Venezuela necessita que haja um pacto de não violência para as próximas eleições e para o próprio trâmite do revogatório proposto pela oposição. Necessita que, como propôs o presidente (Nicolás) Maduro, haja um processo de verdade e justiça".
Esse processo, segundo Samper, serve "não somente para visibilizar e solucionar o problema de detidos judiciais, mas também para ressarcir às vítimas dos fatos de violência"
Para o ex-presidente colombiano, o diálogo entre governo e oposição deveria ser instalado dentro da Unasul.
"Esperamos que com este reinício do diálogo que se vai fazer esta semana se possa definir a agenda e estabelecer um programa de ação e muito em breve possamos instalar formalmente o diálogo, espero que na Unasul", acrescentou.
Sobre o papel do Brasil na crise venezuelana, Samper admitiu que o país pode ter dificuldades para participar do processo depois que o chanceler José Serra adotou um posição contra a chegada do governo da Venezuela à presidência temporária do Mercosul, que deveria assumir este mês.
"O Brasil faz parte, ainda oficialmente, da 'troika' que foi constituída pelos chanceleres para tratar o tema da Venezuela e na qual estavam também Colômbia e Equador", lembrou.
"Suponho que a atitude um pouco agressiva do chanceler (José) Serra com a Venezuela de alguma maneira poderia dificultar esta possibilidade de o Brasil seguir fazendo parte da 'troika'", comentou Samper.
"No entanto, mantive o chanceler Serra informado dos desenvolvimentos deste processo de diálogo porque considero que ele segue fazendo parte da institucionalidade vigente da Unasul no que se refere ao tema da Venezuela", ressaltou.
O diálogo na Venezuela é um mecanismo que foi proposto pela Unasul tendo como mediadores os ex-presidentes José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha), Martín Torrijos (Panamá) e Leonel Fernández (República Dominicana), como uma alternativa para solucionar a crise que atravessa o país.
No entanto, a oposição venezuelana estabeleceu na quinta-feira passada novas condições para poder iniciar um processo de diálogo com o governo de Nicolás Maduro, exigindo que no mesmo participe a Organização dos Estados Americanos (OEA) e um representante do Vaticano.
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